4 erros comuns em um relacionamento amoroso

Ainda que cada pessoa expresse o seu amor de uma forma, o carinho não é demonstrado somente com palavras
4 erros comuns em um relacionamento amoroso

Última atualização: 20 janeiro, 2019

Existem alguns erros frequentes em um relacionamento que não percebemos. Ser consciente dessas “muros” que às vezes colocamos à nós mesmos e aos nossos parceiros nos permitirá amadurecer e ser mais felizes.

Às vezes agimos de maneira doentia e, em vez de dar apreço, carinho e respeito, oferecemos desconfiança e infelicidade.

Neste artigo, faremos uma pequena revisão desses pequenos erros que estabelecem distâncias entre os casais.

Erros comuns em um relacionamento

1. Amar não é apenas dizer “eu te amo”

Certamente você já vivenciou isso em alguma ocasião; estar um relacionamento e sentir a falta de um simples “eu te amo” todos os dias.

Erros comuns em um relacionamento

No entanto, mesmo que possa ser reconfortante, não interprete unicamente as palavras como forma de carinho. Os atos também demonstram carinho e amor.

  • Cada pessoa expressa seu amor de uma forma. Há aqueles mais expressivos, e outros mais retraídos, que mostram seu afeto de outras maneiras que devemos saber compreender. Mas não por expressarem menos, amam menos. Valoriza também outros aspectos.
  • Existem homens e mulheres que esperam demonstrações de carinho quase a cada instante: beijos, abraços, carícias. Mas devemos entender que nem todos tem as mesmas necessidades e nem por isso significa que amam menos.
  • O amor também se expressa pelo olhar, por estar presente quando necessário. Naquele sorriso diário, no apoio incondicional e na admiração. Está claro que, talvez queiramos que nosso parceiro seja um pouco mais “expressivo” e que nos diga com frequência que nos ama. Mas, o que realmente importa é que, quando o faça, mesmo que poucas vezes, percebamos nele/nela uma sinceridade absoluta.
  • Analise uma pessoa pelos seus atos e não somente pelas suas palavras. As palavras, às vezes, podem cair na “mentira” ou podem ser exageradas. Dito de outra forma, é mais fácil mentir com as palavras do que com os atos. Valorize como te tratam, como cuidam de você, te respeitam. Aí está o amor verdadeiro.

Se você é daquelas pessoas que realmente precisam dessa expressividade cotidiana e percebe que a outra pessoa “demonstra menos do que você espera”, fale com ela. Expresse suas necessidades.

2. Amar não significa dar tudo em troca de nada

Este é um erro em que muitas pessoas caem. Pensam que amar seu parceiro significa dar tudo, oferecer tudo pelo outro de um modo incondicional e sem limites. Mas você deve ter cuidado:

  • É preciso amar com sabedoria e equilíbrio. Eu me ofereço livremente para a outra pessoa sabendo que vamos formar “um time”. Você me oferece e eu te ofereço. Você me enriquece e eu te enriqueço. Ambos, em nossa maturidade e individualidade, formamos um só ser, crescendo todos os dias.
  • Se você dá tudo para a outra pessoa, chegará um dia em que se sentirá vazio e frustrado. Você vai perceber que, sem saber como, levantou um muro ao seu redor onde estará cercado, sem escapatória.
  • Esperar que a outra pessoa também faça coisas por você não é ser egoísta. Afinal, um casal consiste em cuidar um do outro e proporcionar felicidade entra ambos.
Erros comuns em um relacionamento

3. Se algo me incomoda, me calo

As pessoas não são adivinhas. Outro dos erros que cometemos com frequência é pensar que o nosso parceiro vai notar o que nos machuca ou incomoda.

Por isso, em certos momentos, muitas pessoas em vez de expressar em voz alta aquilo que as preocupa ou incomoda, optam por manter o silêncio e ignorar o parceiro, com o objetivo de chamar sua atenção e castigá-lo silenciosamente.

É uma estratégia muito imatura. Se algo machucar você, não guarde para si e nem ofenda a outra pessoa porque, ao final, cairá em um círculo vicioso de aborrecimentos que não terá sentido.

Portanto, seja assertivo. Se algo te preocupa, expresse. Se algo te machucou, diga em voz alta. Se há algo de que você precisa, peça. É seu parceiro, é com ele que você deve conviver. O ideal é conseguir uma coexistência onde haja diálogo e acordos, não um campo de batalha.

4. Não construa “todo o seu universo” em torno do seu parceiro

Imagine, por exemplo, que começamos um relacionamento muito jovens. Centramos todo o nosso mundo nessa pessoa. O que está bem, sem dúvida, pois é a pessoa escolhida e, como tal, construiremos uma vida com ela.

Mas tenha em mente também os seguintes aspectos para evitar este último dos erros frequentes em um relacionamento:

  • Devemos seguir crescendo pessoalmente. Isso significa que todos os dias devemos seguir aprendendo, experimentando. Não descuide dos estudos, das amizades, do trabalho.
  • Um relacionamento amoroso é algo muito importante. Mas as outras esferas da nossa vida também são, tais como uma formação, um círculo social, e também nosso espaço pessoal. Tudo isso nos permite enriquecer como pessoas. Esse enriquecimento nos proporciona autoestima e mais segurança.
  • Uma pessoa com mais autoestima e segurança traz mais felicidade para o parceiro. Traz maturidade. Se nos centrarmos exclusivamente em nosso companheiro e descuidarmos de nosso crescimento profissional ou pessoal, chegará um momento no qual ficaremos frustrados e, inclusive, culparemos nosso parceiro desta infelicidade.

Cresça como pessoa e cresça como casal. Desse modo, você encontrará a verdadeira felicidade, sem barreiras na sua vida. Vale a pena.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Aron, A., Fisher, H., Mashek, D. J., Strong, G., Li, H., & Brown, L. L. (2005). Reward, Motivation, and Emotion Systems Associated With Early-Stage Intense Romantic Love. Journal of Neurophysiology, 94(1), 327–337. https://doi.org/10.1152/jn.00838.2004
  • Braithwaite, S. R., Selby, E. A., & Fincham, F. D. (2011). Forgiveness and relationship satisfaction: Mediating mechanisms. Journal of Family Psychology, 25(4), 551–559. https://doi.org/10.1037/a0024526
  • Earp, B. D., Wudarczyk, O. A., Foddy, B., & Savulescu, J. (2017). Addicted to love: What is love addiction and when should it be treated?. Philosophy, Psychiatry & Psychology24(1), 77–92. https://doi.org/10.1353/ppp.2017.0011
  • Fisher, H. E., Xu, X., Aron, A., & Brown, L. L. (2016). Intense, Passionate, Romantic Love: A Natural Addiction? How the Fields That Investigate Romance and Substance Abuse Can Inform Each Other. Frontiers in Psychology, 7, 687. https://doi.org/10.3389/fpsyg.2016.00687
  • Genadek, K. R., Flood, S. M., & Moen, P. (2017). For Better or Worse? Couples’ Time Together in Encore Adulthood. The Journals of Gerontology. Series B, Psychological Sciences and Social Sciences74(2), 329–338. https://doi.org/10.1093/geronb/gbx129
  • Jin, W., Xiang, Y., & Lei, M. (2017). The Deeper the Love, the Deeper the Hate. Frontiers in Psychology, 8, 1940. https://doi.org/10.3389/fpsyg.2017.01940
  • Langeslag, S. J. E., & van Strien, J. W. (2016). Regulation of Romantic Love Feelings: Preconceptions, Strategies, and Feasibility. PLoS One, 11(8), e0161087. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0161087
  • Schmidt, E. E. (2017). Are Lovers Ever One? Reconstructing the Union Theory of Love. Philosophia, 46(3), 705–719. https://doi.org/10.1007/s11406-017-9860-x
  • Surti, K., & Langeslag, S. J. E. (2019). Perceived ability to regulate love. PLoS One, 14(5), e0216523. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0216523

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.