5 dimensões psicológicas que mostram que você precisa de tempo para si

Lembre-se de que o tempo dedicado a si mesmo deve ser de qualidade, e não ocupado atendendo aos demais ou preocupando-se. Reserve uma hora por dia para cuidar de si mesmo.
5 dimensões psicológicas que mostram que você precisa de tempo para si

Última atualização: 28 janeiro, 2021

Você precisa de tempo para si, mas quase sempre o dedica a quem o rodeia ou o investe em situações que intensificam ainda mais sua sensação de cansaço e ansiedade.

Por mais que isso nos surpreenda, a maioria das pessoas não sabe descansar de modo adequado.

Porque dedicar tempo para si não quer dizer que precisamos sair de férias sempre que o estresse nos asfixiar, que um simples passeio irá solucionar o mal-estar que, dia após dia, nos persegue.

Investir em tempo para si implica, em primeiro lugar, saber “desconectar”, saber apagar o ruído mental e estabelecer uma união delicada, mas autêntica, com nossas necessidades, com nossos pensamentos, medos e vazios para tomar decisões sobre nossa vida.

Hoje, em nosso espaço, queremos explicar de que maneira podemos exteriorizar este mal-estar interior, estas dimensões psicológicas que revelam a necessidade de investir um pouco mais em nós mesmos.

Você precisa de tempo para si: 5 pistas a levar em conta

Algo que costuma ocorrer com muita frequência é que quando chega a época das férias muitos de nós preparam viagens, instantes de ócio e escapadas pensando que tudo vai ser maravilhoso.

No entanto, esta suposta “regra de três” nem sempre se cumpre.

Sair da rotina, em alguns casos, causa estresse: viagens, preparativos, reuniões familiares, a necessidade de programar o que vamos fazer para “aproveitar o tempo”.

Além disso, um aspecto essencial é que esse tempo para você, que o ajudaria a se sentir melhor em um dado momento, é compartilhado com outras pessoas: parceiro, filhos, família…

Acreditemos ou não, todos precisamos de pequenos períodos de solidão cotidianos. Em algumas ocasiões, algo tão simples quanto dedicar duas horas diárias a nós mesmos é a melhor das vitaminas. Vejamos agora quais dimensões psicológicas nos demonstram que, talvez, tenhamos chegado ao limite de nossas forças.

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1. O mau humor e a apatia

Cada um de nós pode passar por épocas em que tudo nos incomoda, em que não temos bom-humor e nada atrai nosso interesse. Podem ser momentos ou dias pontuais, mas o problema adquire outra conotação quando esta sensação se prolonga até se tornar crônica.

Levantamos sempre com a sensação de que não poderemos enfrentar o dia, de que vamos contra a corrente, de que aqueles que nos rodeiam têm prioridades que não se encaixam com as nossas.

Tudo isso são, sem dúvida, pequenas pinceladas que causam tanto mal-estar.

Quando o mau humor se torna algo do qual não conseguimos desapegar; é porque algo está ocorrendo em nosso interior.

2. A sensação de não ter tempo para nada

O fenômeno do tempo perdido é um sintoma muito comum associado à ansiedade.

Não se trata somente de ter a clara sensação de que não vamos conseguir fazer tudo que temos em mente, mas além disso podemos experimentar pequenos períodos de tempo, entre meia hora e uma hora, nos quais não sabemos o que fizemos ou o que ocorreu.

É comum experimentar isso em momentos de muito estresse e ansiedade.

3. O fracasso auto percebido

Façamos o que fizermos, tudo vai dar errado. Esta perda de autoconfiança faz com que tenhamos a ideia de que nada está sob o nosso controle, de que por mais que nos esforcemos, nada depende de nós.

É uma realidade frustrante que revela um claro indicador de que algo está ocorrendo, de que devemos prestar mais atenção em nós mesmos. Priorize-se, dedique um tempo para si.

4. Não nos sentirmos valorizados

Já mencionamos nos parágrafos anteriores: o mundo vai contra a corrente e parece que os que nos rodeiam se priorizam em excesso; dando como certo que sempre estaremos disponíveis para eles.

Que quando precisarem respirar, lhes daremos ar; que quando quiserem andar, colocaremos o chão sob seus pés.

Esta sensação de desamparo pode ser auto percebida ou pode ser real. Por isso, é necessário também saber reagir e impor limites; porque não nos sentirmos valorizados pode acabar nos fazendo desenvolver uma depressão.

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5. Sintomas psicossomáticos

Não ter tempo para nós, não dispor de espaços próprios onde podemos pensar, relaxar para iniciar uma conversa interna para descobrir nossas prioridades e poder pensar em quais mudanças podemos promover faz com que nosso corpo reaja e apresente:

  • Taquicardias
  • Cansaço excessivo
  • Cefaleias
  • Má digestão
  • Insônia

Como começar a dedicar um tempo para si mesmo

Não basta sair de férias. Não é preciso esperar a sexta-feira para ser feliz. O seu melhor momento é agora.

  • Dedicar um tempo para si é investir em saúde, é uma necessidade vital como quem se alimenta ou se veste todos os dias. Assim, ao longo do dia estabeleça uma ou duas horas para você mesmo, exclusivamente.
  • Este tempo consigo mesmo deve ser de qualidade e, se possível, sozinho.
  • Há quem medite, quem faça ioga, ou quem simplesmente se sente diante de uma janela e deixe escapar um longo suspiro em profunda calma.
  • Esse tempo para si é o que você precisa para se conectar com suas necessidades, para pensar no que você quer e não quer em sua vida.
  • Pouco a pouco, ao entender suas prioridades, você irá tomando decisões. Porque para ser feliz é preciso ser capaz de decidir, de avançar sem medos.

Está em suas mãos conseguir fazer isso.


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