Acufenos, os incômodos zumbidos nos ouvidos: causas e tratamentos

Os acufenos são aqueles incômodos zumbidos que ouvimos... saiba mais sobre eles neste artigo!
Acufenos, os incômodos zumbidos nos ouvidos: causas e tratamentos
Valeria Sabater

Escrito e verificado por a psicóloga Valeria Sabater.

Última atualização: 01 outubro, 2022

Estar deitado tranquilamente na cama e, de repente, ouvir um zumbido ou um terrível assobio em um dos ouvidos… isso já aconteceu com você alguma vez? Ou, pior ainda, você já notou a presença dos incômodos acufenos durante uma conversa? 

É importante saber que este tipo de ruído que sentimos em nossa cabeça, que na realidade não existe, se trata de um estímulo externo que recebe o nome de acufeno ou tinnitus, e é algo pelo que cerca de 90% da população já passou.

Há pessoas para quem este curioso fenômeno pode se transformar em um problema a partir do momento em que se torna algo persistente, algo que perturba suas vidas. Segundo especialistas, esta doença crônica afeta cerca de 10% das pessoas.

“Os acufenos costumam ser bem tolerados, entretanto, podem adquirir um caráter muito intrusivo e invalidante que requer um tratamento específico para alguns pacientes.”

– Londero, A., & Blayo, A. –

Por que isso ocorre? Afinal, o que origina os acufenos? E mais importante ainda, como podemos tratá-los?

1. Quais são as causas dos acufenos ou tinnitus?

Mulher com acufenos nos ouvidos

Em primeiro lugar, devemos considerar um importante aspecto: os acufenos não são uma enfermidade, mas sim um sintoma de algum problema subjacente que devemos conhecer.

Se bem que, como já dissemos, é algo que praticamente todos já notamos em alguma ocasião. Por isso, é sempre interessante conhecer suas causas, a fim de prevenir e impedir que se torne um problema cotidiano.

1. Cuidado com a música muito alta nos ouvidos

Esta é, sem dúvida, uma importante advertência para todos aqueles que têm como costume escutar música em aparelhos eletrônicos em um volume muito alto. Com toda a certeza, você já saiu alguma vez para praticar esportes ou caminhar ouvindo música com fones de ouvido.

Quando você tira os fones, é natural sentir uma espécie de zumbido no ouvidos, algo breve, porém incômodo. A que se deve? Basicamente a uma super estimulação do nervo auditivo, algo ocasional, mas que pode se transformar em um problema se submetermos nossos ouvidos a ruídos muito altos constantemente.

2. Anomalias vasculares na cabeça e pescoço

A dor no pescoço pode ser responsável pelos acufenos

É algo curioso, porém real. Os acufenos se originam ou pela vibração dos tecidos que rodeiam nossos ouvidos ou por um erro em nosso sistema auditivo, onde os nervos têm uma grande importância. 

Dessa forma, há pessoas que apresentam pequenas anomalias vasculares nos músculos que rodeiam o próprio ouvido e a mandíbula e, inclusive, é frequente que depois de uma “pontada cervical” ou uma pequena contração do pescoço, comecemos a sentir estes desagradáveis ruídos em um de nossos ouvidos.

Geralmente, é algo temporário, mas às vezes, pela nossa própria anatomia do rosto e pela disposição dos músculos ou dos nervos, é possível que a gente fique com mais tendência a sofrer com estes zumbidos.

3. A síndrome de Ménière

A doença de Ménière afeta o ouvido interno. Ocasiona uma inflamação, surgem vertigens, enjoos e surdez. Neste tipo de doença, é muito frequente sofrer de acufenos, sendo um problema grave que nossos especialistas tentaram, sem dúvida, resolver para oferecer uma melhor qualidade de vida.

A síndrome de Ménière envolve a perda progressiva de audição. No entanto, hoje em dia já existem diversos tratamentos que estão conseguindo bons resultados.

4. Hipertensão

Há muitas pessoas que experimentam os acufenos de um modo muito particular: à noite, quando tudo está em silêncio, começam a ouvir um som pulsante, muito regular. E, inclusive, é frequente ouvir zumbidos ou algo semelhante à correnteza de um rio. Acredite! É nossa tensão arterial.

Se acaso isso ocorrer com frequência, procure um médico. É um sintoma que nunca deveremos deixar passar.

5. O estresse e a ansiedade

Surpreso? Sim! O estresse elevado ou uma ansiedade, que já dura semanas ou até meses, resultam em diversos sintomas.

É importante saber que estes processos de estresse geram, normalmente, grande tensão muscular e é frequente que se concentrem na zona dos músculos faciais e de mastigação, que produzem, por exemplo, o ranger dos dentes e a tensão da boca.

Por isso, as pessoas que sofrem de bruxismo também sentem zumbidos nos ouvidos. Lembre-se disso!

Tratamento para os acufenos

Os chás com gengibre podem ajudar a prevenir os acufenos

 

Para tratar adequadamente os acufenos devemos conhecer, em primeiro lugar, sua causa.

Às vezes, costumam ser receitados medicamentos vasodilatadores para favorecer a circulação sanguínea. No entanto, será sempre nosso médico quem vai nos indicar o melhor tratamento. Especialmente, se seu problema estiver associado à hipertensão ou se, por exemplo, você sofrer de algum problema mais sério de audição.

Se você estiver sofrendo com estresse e perceber que seus dentes rangem e sofre de bruxismo à noite, o mais adequado é o uso de placas miorrelaxantes ou placas oclusais, assim como começar a controlar melhor suas emoções e seus picos de estresse.

Hoje em dia, estão sendo testadas interessantes terapias musicais a fim de relaxar e reduzir a frequência e a intensidade dos zumbidos. Há pessoas que sentem um grande alívio escutando o chamado “ruído branco”, por exemplo.

Por último, é importante que você saiba que, para tratar os acufenos, a alimentação sempre é importante. A razão? Evita a inflamação, melhora a circulação sanguínea e garante um equilíbrio geral.

Além disso, também podemos recorrer às terapias de relaxamento, com o que conseguiremos um enfoque mais holístico, graças ao qual atingiremos uma melhor qualidade de vida.

Tome nota do que deve ser feito:

  • Em primeiro lugar, elimine de sua dieta a carne vermelha e alimentos processados ou em conserva;
  • Não consuma frituras ou alimentos picantes;
  • Deixe de incluir sal e farinha branca em seus pratos;
  • Não beba álcool nem refrigerantes com gás;
  • Aumente o consumo de frutas e verduras frescas, assim como de pães integrais e frutas secas;
  • Beba chás com gengibre.

Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Rubén Mühlberger. Tragos genéticos: 50 fórmulas para sanar tu cuerpo. Punto a Partes, 2018.
  • Jorge Pérez Calvo. Nutrición energética y salud: Bases para una alimentación con sentido. Penguin Random House Grupo Editorial España, 2016. 
  • Prevention Magazine Health Books. Prevention’s Healing with Vitamins: The Most Effective Vitamin and Mineral Treatments for Everyday Health Problems and Serious Disease. Rodale, 1999.
  • Curet, C., & Roitman, D. (2016). TINNITUS–EVALUACIÓN Y MANEJO. Revista Médica Clínica Las Condes, 27(6), 848-862. https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0716864016301201
  • Sánchez, H. H. (2013). Reproductores de música personal y su influencia sobre la salud auditiva. Revista Cubana de Otorrinolaringología y Cirugía de Cabeza y Cuello, 1(2). http://revotorrino.sld.cu/index.php/otl/article/view/21
  • Huertas, M. D. M. C. (2013). Enfermedad de Meniere. Archivos de la Memoria. http://ciberindex.com/index.php/am/article/view/e10411
  • Saquicaray, A., & Del Pilar, M. (2012). Evaluación de la Actividad Antiinflamatoria de la Mezcla de Extractos Fluidos de Jengibre (Zingiber officinale), Tomillo (Thymus vulgaris L.), Romero(Bachelor’s thesis). http://dspace.espoch.edu.ec/handle/123456789/2003
  • Izquierdo Hernández, A., Armenteros Borrell, M., Lancés Cotilla, L., & Martín González, I. (2004). Alimentación saludable. Revista cubana de enfermería, 20(1), 1-1. http://scielo.sld.cu/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0864-03192004000100012

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.