Às vezes, só precisamos de um carinho

Às vezes, o contato físico não é sequer necessário. Um elogio ou uma palavra apropriada no momento certo podem ser tão eficazes quanto uma carícia.
Às vezes, só precisamos de um carinho

Última atualização: 20 janeiro, 2019

O carinho é mais do que um gesto, mais que um toque de pele com pele. A carícia é um tipo de linguagem que nos traz bem-estar físico e emocional.

Para colocar de forma mais simples: acariciar alimenta nossa vida emocional e afetiva.

Algumas pessoas não o praticam ou simplesmente não se sentem confortáveis oferecendo carinho.

Tanto a incapacidade de fazê-lo quanto o ato de não dar o passo para oferecer este tipo de comunicação emocional causa, embora pareça curioso, sofrimento de ambos os lados.

Todos nós precisamos de um carinho diariamente. É como respirar, é fortalecer o vínculo com nossos entes queridos e com as pessoas que são significativas para nós. Por isso, nós queremos que você reflita sobre este tema hoje, em nosso espaço.

O carinho é alimento para o seu bem-estar emocional

as-vezes-tudo-o-que-precisamos-e-de-um-carinho

Todos os seres vivos precisam do contato físico daqueles que fazem parte do seu grupo e de sua família. Se você tiver animais de estimação em casa, também já percebeu o quanto eles são gratos pelo seu toque.

Eles nos procuram não apenas como uma recompensa, mas como uma maneira de se comunicar conosco.

Os seres humanos e muitos grupos de animais da natureza precisam dessa união com a qual desejam conseguir alguns aspectos que lhe trarão segurança e força, bem como o de pertencerem a um grupo específico de indivíduos que consideram significativos.

Vejamos em detalhe.

Acariciar e ser acariciado nos oferece reconhecimento

O reconhecimento não é uma busca egoísta. Acredite ou não, ser reconhecido é uma necessidade humana vital.

Embora seja importante ter uma boa autoestima e amor próprio, não podemos ignorar o fato de que somos seres sociais.

Por conseguinte, ser reconhecido é algo básico.

  • Toda criança, quando chega ao mundo, precisa dessas ligações e desse apego inicial.
  • Acariciar, abraçar e beijar promove o amadurecimento do tecido neuronal do bebê: são estímulos emocionalmente carregados que oferecem segurança e bem-estar.
  • Qualquer emoção positiva é um convite para crescer em felicidade.
  • Na maturidade, o carinho continua a ser uma parte indispensável de todos os dias com os nossos parceiros e filhos.
  • Um casal que não se acaricia e que não busca o contato físico além dos momentos de sexualidade gera deficiências muito graves na relação.

Todos nós precisamos ser abraçados e acariciados sem que exista um motivo ou uma finalidade específica para tal.

caricia

Um gesto é mais poderoso do que palavras

Há alguns dias em que não é suficiente que nos digam que nos compreendem, que nos apoiam e que estão ao nosso lado.

Às vezes nossos relacionamentos caem na rotina e causam separações, ou o que é pior, “nós começamos a dar muitas coisas como certas.”

  • O carinho, seja entre parceiros ou com nossos filhos, nunca deve ser presumido. Pelo contrário, deve ser demonstrado a cada dia e ainda mais em momentos de dificuldade.
  • Em tempos difíceis, as palavras não são sempre eficazes, e é nesse momento que surge o valor das carícias. Os pequenos gestos da linguagem não verbal têm mais impacto emocional.
  • As palavras “me desculpe” ,”me perdoe” ou “eu estou aqui para o que precisar” também podem ser transmitidas com um carinho sincero, com um abraço ou um olhar compreensivo capaz de oferecer conforto, amor e apoio.

Tipos de carícias que você precisa conhecer

Não existe apenas um único tipo de carícia. A psicologia transacional considera que, mesmo em nossa vida diária, podemos dar e receber diversas carícias negativas.

Vamos ver quantos tipos de carícias existem:

  • Há carícias que não precisam de contato físico: um elogio, uma cantada, uma palavra apropriada quando mais se necessita, pode agir com a mesma força de uma carícia.
  • Carícias negativas são aquelas oferecidas a partir de comportamentos tóxicos.

Falar com alguém com desprezo ou ironia, ignorar, desprezar ou menosprezar a outra pessoa em público, são considerados “traços negativos” a nível psicológico, que atacam a nossa autoestima.

  • As carícias também podem produzir emoções positivas e negativas. Há carícias que, mais do que segurança, oferecem frieza ou falsidade, e algo assim também pode ser muito doloroso.
  • O carinho deve ser genuíno e cheio de sinceridade, algo que deve ser sentido por quem dá e por quem recebe.
  • Há também carícias condicionais e incondicionais.
    • Com as condicionais queremos dizer que alguém pode mostrar carinho através de gestos porque espera algo em troca.
    • As carícias incondicionais são oferecidas livremente, sem esperar nada em troca. É um verdadeiro sinal de reconhecimento e carinho.
      tristeza

Conclusão

Peritos em temas emocionais dizem que as pessoas precisam deste tipo de linguagem para o bem-estar físico e psicológico.

No entanto, devemos ter em mente que esses gestos só terão significado se vierem a nós de pessoas que realmente amamos.

Não hesite em praticar este exercício tão benéfico com os seus filhos, seu cônjuge, familiares e amigos.

Um carinho com cumplicidade quando menos se espera tem a força de um universo inteiro, alivia o estresse e fortalece o vínculo.

Pratique e aproveite os benefícios desta linguagem!


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Fryers, T., & Brugha, T. (2013). Childhood Determinants of Adult Psychiatric Disorder. Clinical Practice & Epidemiology in Mental Health, 9(1), 1–50. https://doi.org/10.2174/1745017901309010001
  • Maselko, J., Kubzansky, L., Lipsitt, L., & Buka, S. L. (2010). Mother’s affection at 8 months predicts emotional distress in adulthood. Journal of Epidemiology & Community Health, 65(7), 621–625. https://doi.org/10.1136/jech.2009.097873; texto completo
  • Polcari, A., Rabi, K., Bolger, E., & Teicher, M. H. (2014). Parental verbal affection and verbal aggression in childhood differentially influence psychiatric symptoms and wellbeing in young adulthood. Child Abuse & Neglect38(1), 91–102. https://doi.org/10.1016/j.chiabu.2013.10.003; texto completo
  • South, S. C., & Jarnecke, A. M. (2015). Genetic and Environmental Influences on Adult Mental Health: Evidence for Gene-Environment Interplay as a Function of Maternal and Paternal Discipline and Affection. Behavior Genetics45(4), 438–450. https://doi.org/10.1007/s10519-015-9716-8; texto completo

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.