Uma criança de dois anos comeu uma amêndoa há cinco meses e hoje não pode mover o corpo

Apesar de ter ido ao hospital diversas vezes, os médicos demoraram três meses para descobrir que a criança tinha uma amêndoa alojada no pulmão.
Uma criança de dois anos comeu uma amêndoa há cinco meses e hoje não pode mover o corpo

Última atualização: 24 agosto, 2022

David, uma criança de apenas dois anos de idade, está em um grave estado de saúde, sem poder mover seu corpo nem falar, devido a um acidente que teve há cinco meses, após comer uma amêndoa.

Esta é uma daquelas histórias que chamam a atenção de todos os pais para que estejam sempre mais atentos aos seus filhos pequenos.

José Domingo Cruz e Amparo Alba, pais do menor, compartilham esta experiência terrível com o mundo para que algo assim não volte a ocorrer com nenhuma outra criança.

Suas declarações foram coletadas pelo jornal El Mundo, que se encarregou de torná-las públicas para que eles pudessem encontrar ajuda e alertar a outras pessoas.

A história sobre a criança que comeu uma amêndoa…

Tudo começou há cinco meses. No lar da família Cruz Alba todos estavam comemorando a festividade da Virgem do Remédio, Padroeira da cidade de Valencia, na Espanha.

Neste dia havia carne na churrasqueira e no forno, e outros pratos que todos iriam degustar mais tarde.

Foi em um destes momentos em que ninguém estava prestando muita atenção,  que o pequeno David pegou uma amêndoa, que estava em meio aos aperitivos feitos para a ocasião.

Amêndoa ou outros frutos secos podem causar danos às crianças

A criança a levou à boca e, como de costume, sentou no sofá para assistir aos programas infantis enquanto os adultos continuavam com suas tarefas na cozinha.

Mais sobre essa história

Ele tossiu algumas vezes, mas ninguém deu muita importância, porque em nenhum momento a criança parecia ter engasgado ou algo similar.

O que seria o início de um grande pesadelo começou a se manifestar uma semana depois, quando David apresentou uma febre que chegou até os 40 °C.

Seus pais imediatamente o levaram ao pediatra no hospital do município de Elda, a quase 182 km, e ele disse que a febre poderia ser devido ao fato de que seus dentes estavam nascendo.

Os medicamentos que receitaram não baixaram a febre e, dias depois, no dia 18 de outubro, levaram o pequeno à emergência com a suspeita de que ele tivesse um princípio de pneumonia.

No entanto, alguns dias depois, ele foi enviado de volta à sua casa porque os médicos não encontraram nada anormal.

O diagnóstico demorou

O caso é que a saúde do menino continuou se deteriorando e os pais tinham cada vez menos respostas dos médicos.

Um dia, tentando encontrar uma explicação, eles se lembraram do episódio da amêndoa e começaram a suspeitar que isso poderia ter alguma relação com ela.

Após tomar conhecimento deste fato, os médicos o enviaram até o hospital de Alicante no dia 11 de janeiro, lugar onde mantiveram o menino em observação durante quatro dias para fazer uma  broncoscopia .

Introduziram um tubo flexível pela laringe para identificar e extrair a amêndoa que, ao que tudo indicava, já estava há três meses alojada em seu pulmão.

O problema surgiu quando o tubo espalhou o pus que havia se acumulado no pulmão, o que causou uma parada cardíaca em David.

Os médicos demoraram cerca de 28 minutos para reanimá-lo e o mantiveram em coma induzido para ter a oportunidade de estabilizá-lo.

Uma criança pode adoecer por uma amêndoa

Os danos ocasionados pela amêndoa foram severos

12 dias depois da complicação, David acordou sem a infecção no pulmão, mas com danos neuronais graves devido à parada cardíaca.

Ele consegue abrir os olhos, mas não pode enxergar. Seu corpo está imóvel, ele não consegue comer e nem falar.

Para os pais do menino, o estado de saúde de seu filho se deve à negligência médica, pois os médicos não fizeram exames prévios para saber até que ponto era seguro extrair a amêndoa.

“Ele estava com o órgão podre e a amêndoa fazia o papel de tampa da infecção. Se soubessem desde o início que ela estava ali, nada disso teria acontecido”, afirma indignado José Domingo.

Conclusão

Os pediatras advertem que sob nenhuma circunstância é recomendável dar às crianças menores de cinco anos qualquer tipo de fruto seco, já que há um elevado risco de asfixia.

Além disso, eles informam que cerca de 80% dos casos de asfixia em menores têm alguma relação com este tipo de alimento.

Amparo e José Domingo não acreditam que isso se trate de um simples acidente, e pedem justiça. Enquanto isso, muitas pessoas decidiram apoiá-los e em apenas duas semanas os pais conseguiram arrecadar 10 mil euros para os tratamentos do pequeno.


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