Como detectar a tempo anomalias na tireoide

Com um diagnóstico precoce e um tratamento oportuno, as anomalias na tireoide não afetam, nem diminuem a qualidade de vida.
Como detectar a tempo anomalias na tireoide
José Gerardo Rosciano Paganelli

Revisado e aprovado por o médico José Gerardo Rosciano Paganelli.

Última atualização: 23 agosto, 2022

Segundo as estatísticas mundiais, as anomalias na tireoide afetam em maior porcentagem às mulheres, especialmente depois dos 40 anos, durante ou depois de uma gravidez.

A tireoide é uma glândula que controla funções importantes de nosso corpo, como o metabolismo. Quando a glândula tireoide está com as funções comprometidas, muitos órgãos de nosso corpo também são afetados; acarretando diferentes problemas de saúde.

A função principal da glândula tireoide é produzir três hormônios: tiroxina (T4), tri-iodotironina (T3) e calcitonina. Os hormônios T4 e T3 estão relacionados com o metabolismo e estimulam quase todas as células corporais; que por sua vez interferem nas funções vitais.

Tendo em vista a sua importância, é necessário prestar muita atenção ao funcionamento da glândula tireoide; que afeta a saúde e a qualidade de vida quando não está funcionando bem.

Muitas vezes a ausência ou a presença de outros problemas confundem o médico, dificultando o diagnóstico.

Veja a seguir como detectar a tempo anomalias na tireoide.

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Como detectar anomalias na tiroide?

anomalias na tireoide

Em primeiro lugar é feita uma análise do histórico clínico e familiar do paciente.

Depois, é feito um exame físico que inclui a palpação do pescoço, alterações nessa parte do corpo podem evidenciar algo.

Finalmente, o exame de sangue é a maneira mais efetiva, pois através dele é feita uma análise dos valores hormonais (TSH e T4 livre) do indivíduo.

Detectando a tempo possíveis alterações na tireoide, a pessoa pode receber um tratamento oportuno, recuperando sua qualidade de vida, diminuindo e controlando os sintomas e aprendendo a viver com uma doença que, se bem tratada, não trará maiores complicações ao paciente.

Quais sintomas podem alertar uma anomalia na tireoide?

Como mencionado acima, as anomalias na tireoide não são fáceis de serem detectadas, especialmente em suas etapas iniciais. Os sintomas podem ser diferentes e atingir várias partes do corpo ou uma parte isolada.

Muitas vezes os profissionais da saúde confundem os sintomas dos desequilíbrios produzidos pela tireoide com estresse, fadiga, depressão ou demência.

De fato, o hipotireoidismo e o hipertireoidismo são os principais responsáveis por esses sintomas. Porém, quando eles não respondem aos tratamentos indicados pelos médicos e persistem por um longo tempo, é hora de fazer uma nova visita ao profissional.

Qualquer tipo de problema na tireoide provoca alterações no metabolismo, afetando os órgãos vitais, trazendo consequências sérias à saúde. É importante seguir o tratamento à risca e não começar ou interromper a medicação por conta própria.

Os problemas da tireoide afetam mais as mulheres e podem alterar o ciclo menstrual e causar infertilidade.

Um hipotireoidismo não controlado pode gerar problemas cardiovasculares, de sobrepeso e de colesterol elevado. Pode inclusive produzir nervosismo, depressão, falta de ânimo e apatia.

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palpação na tireoide

Outros sinais de anomalias na tireoide

Outros sintomas que nos permitem a detecção a tempo desses problemas é o inchaço do rosto e dos olhos, expressão facial pálida, mudanças na voz, aumento da transpiração, câimbras, queda de cabelos e mudanças na pele.

É muito importante também que o paciente conheça o seu corpo e se mantenha informado sobre os possíveis sintomas que as doenças na tireoide provocam; para que ele forneça as informações necessárias ao médico.

Como o risco se agrava, especialmente por volta dos 40 anos, é recomendável fazer um acompanhamento periódico a cada cinco anos. As gestantes também devem ter um acompanhamento especial que inclua o estudo do funcionamento dessa glândula na gestação, com o objetivo de prevenir complicações durante ou depois da gravidez; que podem afetar tanto a elas, quanto aos bebês.


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