O que é a Filariose? Saiba como preveni-la e tratá-la

Você já ouviu falar de filariose? Conhecida também como elefantíase, é uma doença parasitária, bem comum no Brasil. Saiba mais!
O que é a Filariose? Saiba como preveni-la e tratá-la

Última atualização: 13 março, 2019

A filariose já chegou a afetar mais de 120 milhões de pessoas. A sua origem é parasitária, ou seja, ocorre por meio da infestação de vermes denominados “filárias”.

A forma sintomática mais conhecida da doença é a filariose linfática, popularmente chamada de elefantíase, em referência ao inchaço e engrossamento da pele e tecidos subjacentes.

Além disso, essa foi a primeira, entre as enfermidades infecciosas transmitidas por insetos, a ser descoberta.

Como a filariose é transmitida?

Em suma, essa doença tem como responsável o parasita denominado Wuchereria bancrofti, e seu vetor é o mosquito Culex quiquefasciatus.

O mosquito infectado inocula o parasita em cada pessoa, através da picada, por conseguinte, o verme passa a percorrer a corrente sanguínea do paciente infectado.

Além disso, é importantíssimo descobrir a infecção no princípio e buscar um médico, que indicará o tratamento adequado; de acordo com os efeitos causados no organismo.

Este é um problema bem comum nos estados brasileiros tais como Pará, Maranhão, Alagoas, Bahia, Pernambuco e Santa Catarina.

 

filariose
Processo de infecção.

Tipos de Filariose

Existem 9 nematoides que atingem seres humanos, e esses são divididos em 3 grupos:

Filariose Linfática (vermes ocupam o sistema linfático);
Filariose Subcutânea (ocupam a camada subcutânea da gordura);
Filariose da Cavidade Serosa (ocupam a cavidade serosa do abdômen).

Sintomas

Os sintomas mais comuns, são:

• Febre;
• Dor de cabeça;
• Mal-estar;
• Doenças infecciosas na pele;
• Deformações;
• Presença de gordura na urina, etc.

Em uma fase mais avançada da doença, os pacientes apresentam inflamações dos vasos linfáticos, e por conseguinte, há o bloqueio dos vasos e inchaços nos membros.

Por conta desse inchaço exagerado a doença é conhecida popularmente como elefantíase; além disso, esse pode ocorrer da seguinte maneira:

  • Elefantíase nas pernas: começa no dorso do pé e costuma chegar até o joelho, mais raramente até o quadril. A pele torna-se fibrosa e enrugada, e lembra a pele de um elefante.
  • Elefantíase do saco escrotal e do pênis: é muito frequente, causa um crescimento extremamente exagerado das partes íntimas.
  • Elefantíase de braços, mamas ou vulva: zonas raramente afetadas, que mudam como no caso de elefantíase nas pernas.
Filariose
Elefantíase nas pernas.

Diagnóstico

O diagnóstico geralmente é feito pela observação dos sintomas, posteriormente um exame de sangue, análise de fluidos corporais ou parte do tecido infectado podem detectar a presença das larvas do parasita.

Tratamento

O tratamento é feito a base de medicamentos contra o parasita (Ex: dietilcarbamazina) e varia de acordo com o grau ou intensidade da doença.  A higienização do local afetado é de extrema importância e por isso deve ser constante.

Em casos em que a doença avance consideravelmente é necessária uma intervenção cirúrgica de reparação da área.

Prevenção

A prevenção deve se iniciar a partir do tratamento de pessoas infectadas para eliminar o parasita do sangue, assim, mosquitos que não contenham o parasita não poderão pegá-lo através do sangue infectado e retransmiti-lo.

Nesse sentido, a OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que as populações as quais incide a doença sejam tratadas em massa, através da administração de uma dose anual da dietilcarbamazina em zonas onde a doença é persistente.

O combate ao inseto transmissor também é importante, além de evitar regiões de incidência da doença; e se for necessário correr o risco, utilizar repelente constantemente e se higienizar adequadamente.

Por fim, nessas regiões, é importante não acumular água parada em vasos de plantas, caixas d’água, etc.


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  • COLLOMB, H.; MILETTO, G. Filariose lymphatique. La Revue du praticien, 1956.
  • ROCHA, E. M. M.; FONTES, G. Filariose bancroftiana no Brasil. Revista de Saude Publica, 1998.

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