Intolerância à lactose

Intolerância à lactose é o termo utilizado para pessoas que não conseguem digerir produtos lácteos (leite e seus derivados).
Intolerância à lactose

Última atualização: 14 março, 2019

Essa impossibilidade de digestão geralmente ocorre em pessoas que não produzem a enzima lactose ou a produzem em quantidade insuficiente para realizar a digestão da lactose.

A maioria das populações tem uma perda progressiva da capacidade de absorção da lactose que tem início após os primeiros anos de vida.

O que é a lactose?

A lactose é o açúcar do leite, um dissacarídeo que com a ação da enzima lactose, transforma-se em dois monossacarídeos: glucose e galactose.

Esses carboidratos simples, após formados, são facilmente absorvidos pelo corpo. No entanto, a falta ou a deficiência na produção da lactose faz com que a lactose chegue até o intestino grosso sem ser absorvida pelo organismo.

Ela é fermentada por bactérias causando gases e sintomas típicos de indigestão.

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(Foto: Daniel Hurst Photography / Flickr)

Sintomas

Os sintomas mais comuns são a diarreia (ou à vezes constipação), distensão abdominal, gases, náusea e sintomas de má digestão.

A severidade dos sintomas dependerá da quantidade de lactose ingerida assim como da quantidade de lactose que seu organismo tolera.

Quais são os tipos de exames existentes?

Tolerância à lactose

A lactose depois de digerida produz duas moléculas: a glicose e a galactose.

Para fazer esse exame, o paciente ingere em jejum um líquido com dose concentrada de lactose e durante duas horas obtém-se várias amostras de sangue para medir o nível de glicose, que reflete a digestão do açúcar do leite.

Se a lactose não é quebrada, o nível de glicose no sangue não aumentará e, consequentemente, o diagnóstico de intolerância à lactose será confirmado. Esse exame não é indicado para crianças pequenas.

Hidrogênio exalado

Esse exame mede a quantidade de hidrogênio exalado, que em situações normais é bem pequena.

O quadro é diferente quando as bactérias do intestino grosso fermentam a lactose (que não foi digerida) e produzem vários gases, incluindo o hidrogênio, que por sua vez é absorvido e ao chegar aos pulmões é exalado.

Para fazer o exame, o paciente ingere uma solução de lactose e o hidrogênio expirado é medido em intervalos regulares. Níveis elevados de hidrogênio indicam uma digestão inadequada da lactose.

Deposição de ácidos

Trata-se de um exame indicado tanto para crianças pequenas como para crianças maiores.

A lactose não digerida é fermentada pelas bactérias do intestino grosso. Essas bactérias produzem ácido láctico e ácidos graxos de cadeias curtas e ambos podem ser detectados em uma amostra de deposição.

Exame Genético

Esse é um exame novo, que promete ser a melhor forma de diagnosticar a intolerância à lactose, pois é rápido e não produz sintomas desagradáveis como no caso do exame de ingestão de lactose.

Nesse exame, o paciente retira uma pequena amostra de sangue e seu DNA é estudado para verificar se há mutação em relação à produção da enzima lactose. O resultado sai em 5 dias. 

Como tratar a intolerância à lactose

Não existe cura para a intolerância à lactose, mas é possível tratar os sintomas, limitando, ou em alguns casos, evitando produtos com leite ou derivados.

Muitas pessoas com intolerância à lactose conseguem ingerir leites sem lactose e outros produtos com baixo teor de lactose sem sentir os sintomas da intolerância.

Com o passar do tempo e uma adaptação aos hábitos alimentares, cada pessoa aprenderá quais alimentos lácteos poderá ingerir sem sentir sintomas.

Uma outra opção bastante comum é o uso de cápsulas de lactose, um suplemento alimentar que auxilia na digestão da lactose.

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Reposição de cálcio

Uma das maiores preocupações para pessoas com intolerância à lactose é adotar uma dieta que suplemente os nutrientes encontrados no leite, principalmente o cálcio.

Cerca de 70% do cálcio da alimentação humana vêm do leite e seus derivados.

Por essa razão, é importante, na medida do possível, manter uma dieta com ingestão de pelo menos alguns produtos lácteos, mantendo uma quantidade que seja bem tolerada pelo seu organismo.

Além disso, é importante a orientação de um nutricionista para auxiliar na readequação dos hábitos alimentares.

Imagem principal oferecida por: fotoedu/flickr


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