É possível conter a queda de cabelo?

Quando a alopecia é provocada por um tratamento farmacológico, costuma desaparecer quando este for suspenso. Se tiver outra origem, lembre-se de combinar os remédios que mencionaremos a uma alimentação saudável.
É possível conter a queda de cabelo?
Bernardo Peña

Revisado e aprovado por o psicólogo Bernardo Peña.

Última atualização: 11 outubro, 2022

O cabelo é um atributo inerente à maioria das pessoas, seu corte ou penteado evidencia características de cada um.

Tanto que fios de cabelos soltos no travesseiro ou tufos de cabelos no pente causam pavor e despertam preocupação não apenas com a estética, mas também com a possibilidade de haver algo mais sério.

Muita calma nessa hora! A solução está no presente artigo. Mas, antes, existe realmente um problema?

A queda de cabelo é normal

Um adulto possui entre 100.000 e 150.000 fios de cabelo crescendo e caindo continuamente durante seu ciclo piloso, com perda média diária de 60 a 100 fios de cabelo quando estiverem na sua fase final de repouso e queda. Isso é absolutamente normal.

O aumento extraordinário da queda ou sua ocorrência em locais específicos da cabeça pode denotar o caso de alopecia.

As causas podem incluir desde doenças da pele, passando por fatores hereditários, estresse, má alimentação até estilos agressivos de penteados.

Essa condição deve ser tratada imediatamente, uma vez que pode ensejar a perda total de cabelo. Felizmente, é um processo reversível. Vamos apresentar a seguir sete remédios para resolver esse problema.

Mas antes de tudo: vamos investigar o tipo de alopecia apresentado.

Tipos de alopecia: é possível conter a queda de cabelo?

a alopecia

Existem dois tipos de alopecias: a cicatricial e a não cicatricial. Vale ressaltar que cada fio de cabelo é formado por uma haste e uma raiz inserida no folículo piloso.

Durante a fase final (telógena), o fio de cabelo que cai é substituído por outro gerado pelo folículo.

Portanto, se o folículo não estiver danificado, o crescimento do cabelo pode ser reativado.

As alopecias cicatriciais são raras e se dão pela destruição do folículo piloso através de processos inflamatórios, infecciosos ou traumáticos.

Nesse caso, a perda é irreversível. Algumas das principais causas são:

  • Doenças hereditárias como a ictiose e o nevo epidérmico
  • Agentes físico-químicos como queimaduras e agentes cáusticos
  • Doenças infecciosas causadas por fungos, bactérias e vírus
  • Doenças neoplásicas como os linfomas
  • Dermatose como a sarcoidose e mucinose folicular

No entanto, 80% das alopecias não são cicatriciais, ou seja, não danificam o folículo piloso e permitem a recuperação do cabelo.

Vamos apresentar os cinco tipos mais comuns. Mas é aconselhável consultar um dermatologista para sua identificação correta:

1. Alopecia androgênica, ou calvície comum: É a forma mais comum (95% dos casos) e pode ser causada por fatores genéticos e hormonais. Existem dois padrões:

a) Homens: perda de cabelo, principalmente na região anterior e central da cabeça. Começam a aparecer e aumentar as conhecidas “entradas”.

b) Mulheres: perda difusa de cabelo. Não há regiões totalmente calvas.

2. Alopecia traumática : É produzida por traumas físicos. O mecanismo causador pode ser:

a) tração: o cabelo é submetido à tensão constante de certos penteados, como arcos e tranças.

b) pressão: causada por fricção contínua do couro cabeludo contra uma superfície, por exemplo, o travesseiro.

c) tricotilomania: é o hábito nervoso de puxar o cabelo.

3. Alopecia areata : Parece ser causada por situações de estresse. É um tipo de queda que provoca o aparecimento de manchas redondas, mas, por vezes, pode afetar toda a cabeça. Sua cura é frequentemente espontânea, podendo haver recaídas.

4. Alopecia difusa : É a queda mais ou menos intensa de cabelo em diferentes regiões do couro cabeludo causada por vários fatores, como a desnutrição, perda rápida de peso, doença grave, febre, desequilíbrios hormonais pós-parto, entre outros.

5. Alopecia causada por medicamentos ou fármacos:  Doses elevadas de certos medicamentos, tais como os antitireoidicos, anticoagulantes, citostáticos e o iodo, bem como grande quantidade de vitamina A podem causar a alopecia. O cabelo volta a crescer após a suspensão do medicamento.

Então, se sua alopecia não for cicatricial, a solução está bem próxima. Boas notícias!

Aqui estão sete tratamentos naturais simples e eficazes para deter a queda de cabelo e fazer com que cresça saudável e brilhante.

Sete tratamentos contra a queda de cabelo

a alopecia

Tratamento 1: Haste de babosa

A haste de aloe contém substâncias químicas que estimulam o couro cabeludo. Ela deve ser descascada e cortada em cubinhos, os quais são pressionados contra o couro cabeludo massageando toda a região afetada.

A cabeça deve então ser coberta com um lenço, deixando o cabelo descansar por toda a noite.

No dia seguinte, deve-se enxaguar com água morna e meia tampa de limão. Fazer isso durante três ou quatro semanas para obter resultados maravilhosos.

Tratamento 2: Leite de coco

O coco é rico em água, nutrientes e ácidos graxos saturados.

Seu leite, obtido após processo de extração de sua polpa, previne a queda de cabelo através de sua aplicação e massagem semanal no couro cabeludo para promover a sua absorção.

Tratamento 3: Cebola

A cebola é rica em vitaminas A, B e C e, melhor ainda, suspende a queda de cabelo. Uma cebola branca esmagada no liquidificador com três colheres de sopa de mel resolve a questão.

O produto deve ser pincelado em toda a região afetada, que deve ficar coberta por 30 minutos. Após esse tempo, deve ser enxaguada com água. Menos de três semanas serão suficientes para resultados surpreendentes.

Tratamento 4: Alho e azeite de oliva

O alho tem propriedades incríveis, especialmente para o tratamento contra alopecia. Antes de dormir, esfregue duas metades de um alho no couro cabeludo e depois massageie com azeite de oliva, envolvendo, em seguida, a cabeça com uma touca durante toda a noite.

No dia seguinte, lave o cabelo com xampu aromático. Repita o processo duas vezes por semana por um mês para notar mudanças significativas.

Tratamento 5: Restaurador

Misture uma colher de sopa de mel, 2 gemas de ovo, 1 colher de sopa de iogurte e 1 colher de sopa de água morna. Essa pasta deve ser aplicada com uma leve massagem em toda a região, embrulhando a cabeça com papel alumínio.

Aguarde 20 minutos e enxágue com água morna. É um tratamento muito eficaz que deixa o cabelo bem brilhante.

Tratamento 6: Alecrim e arruda

Esse tratamento estimula a circulação no couro cabeludo. Ferva um raminho de alecrim e outro de arruda em três xícaras de água por cinco minutos.

A infusão resultante deve ser usada para enxaguar e massagear o cabelo após sua lavagem com xampu.

Tratamento 7: Cenoura, mel e azeite

Misture duas colheres de sopa de mel puro, uma de azeite de oliva e uma de cenoura no liquidificador até obter uma pasta, que deve ser aplicada na cabeça com massagens circulares, cobrindo tudo com uma toalha.

Vinte minutos depois, enxágue com água morna. A cenoura é uma excelente fonte de vitaminas, e seu uso no tratamento contra a alopecia duas vezes por semana eliminará o problema.

Um conselho final

Resta somente você escolher o tipo de tratamento e colocar as mãos na massa. Contudo, lembre-se de ser persistente e ir à raiz da questão para resolver o problema.

Uma alimentação adequada, não usar secador de cabelos e penteados apertados, bem como uma vida saudável são ótimas maneiras de cuidar de seu cabelo e evitar danos irreversíveis.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Virendra N. Sehgal, Govind Srivastva, Promila Bajaj: Alopecia cicatricial. International Journal of Dermatology 2001; 40: 241-248.
  • Jorge Pérez Calvo. Nutrición energética y salud: Bases para una alimentación con sentido. Penguin Random House Grupo Editorial España, 2016. 
  • Albert Ronald Morales. Frutoterapia: Bienestar y vida. Editorial Edaf, S.L., 2014. 

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.