10 coisas sobre o sono que você deve saber

A insônia é a pior coisa que podemos sofrer de noite. O sono é essencial para a recuperação da energia do corpo. Saiba mais neste artigo.
10 coisas sobre o sono que você deve saber

Última atualização: 09 junho, 2020

Como você costuma dormir habitualmente? Desfruta de um sono profundo e reparador? Ou você é daquelas pessoas que acorda muitas vezes à noite?

Sem dúvida nenhuma, a insônia é a pior coisa que podemos sofrer de noite. Um aspecto que, caso se torne crônico, pode desencadear problemas bastante graves na nossa saúde.


Hoje queremos convidar você a conhecer 10 interessantes aspectos sobre o sono que, com certeza, vão interessá-lo. Lembre-se de que a falta de sono contínuo é uma coisa que devemos tratar do modo adequado.

Nunca se limite a utilizar exclusivamente os clássicos soníferos ou benzodiazepinas já que, muitas vezes, uma mudança nos nossos hábitos de vida ou de alimentação pode proporcionar excelentes resultados.

1. A falta de sono provoca aumento de peso

Bebidas-para-perder-peso

Em um recente estudo publicado pela revista Endocrine Society foi indicado uma coisa que temos que levar em consideração.

Se sofrermos com insônia crônica ou não conseguirmos um sono reparador à noite, nosso metabolismo se torna muito mais lento e alteramos, além disso, o funcionamento do sistema linfático.

Nosso corpo deixa de filtrar adequadamente as toxinas, o fígado também não pode se filtrar adequadamente e isso faz com que, aos poucos, aumentemos de peso.

Entretanto, o hábito de dormir sempre na mesma hora e de descansar adequadamente entre 6 e 8 horas, é um presente para a nossa saúde geral, e ainda nos permite emagrecer!

2. Quantas horas devemos dormir?

Em geral, depende de cada pessoa. Há quem precise dormir 9 horas para se sentir acordado pelas manhãs; por outro lado, outras pessoas só precisam de 6 horas. Mas é importante que tenha conhecimento dos seguintes dados:

  • Você nunca deve dormir menos de 6 horas.
  • O ideal para poder descansar é desfrutar de 5 horas ininterruptas de sono.
  • Se estiver na idade adulta, não é recomendável dormir mais de 11 horas seguidas (a não ser que precise recuperar muitas horas de sono perdidas). Se dormir mais de 11 horas, pode sentir o efeito contrário, quer dizer, se levantar cansado.

3. Dormir pouco nos faz perder massa óssea

ossos

Um artigo publicado na revista Journal of Bone and Mineral Research Review nos informa sobre um aspecto muito importante que devemos levar em conta:

  • Dormir pouco e padecer de apneia se relacionam, por sua vez, com a osteoporose. A razão? A apneia faz com que nosso organismo receba menos oxigênio, que soframos de inflamação e que, em consequência, mude o nosso metabolismo. Tudo isso afeta a nossa massa óssea.

4. Dormir pouco pode causar demência

Neste caso, à insônia temos que acrescentar também à apneia para que esse risco tão preocupante apareça.

A falta contínua de oxigênio noite após noite afeta diretamente a nossa saúde cerebral, produzindo pequenos microinfartos que derivam, em algum momento, em demência. É algo muito perigoso.

Lembre-se de que é muito importante que você consulte seu médico no caso de padecer de apneia.

5. Que tal fazermos algum exercício?

Uma coisa tão simples como sair para dar um passeio de 15 minutos depois do jantar nos ajuda não só a conciliar o sono, mas também a dormir mais horas seguidas.

Portanto, não duvide em praticar um pouco de exercício todos os dias. Vale a pena!

6. Os benefícios de uma pequena sesta

Sesta

Quem disse que a sesta é só para os preguiçosos? Nada disso! Dormir no meio do dia entre 15 ou 20 minutos nos ajuda a recuperar o sono perdido da noite e, a por sua vez, nos relaxa muito e nos faz chegar mais tranquilos ao final do dia.

7. Os benefícios da ioga ou da meditação

Segundo nos dizem os especialistas, as pessoas que costumam sofrer um índice mais elevado de insônia são aquelas maiores de 50 anos.

Praticar algum exercício de relaxamento todos os dias é muito positivo para todas as idades, mas nesse caso, os benefícios são muito mais elevados.

Se você se animar, por exemplo, a praticar ioga, vai descobrir como conseguirá um sono muito mais profundo, melhorando, além disso, muitos aspectos da sua vida.

8. A insônia excita nosso cérebro

Cerebro-da-mulher

O cérebro necessita que o nosso corpo descanse à noite, já que é nesse momento que ele pode realizar funções que lhe são próprias, como organizar informações, mandar ordens ao sistema linfático para que filtre o organismo, guardar lembranças, sonhar…

Agora, se nos mantivermos acordados, ele se excita e aparece a dor de cabeça, o cansaço matinal, a falta de concentração, etc.

9. A insônia nos faz perder “um pouco” a memória

Como indicamos anteriormente, o cérebro necessita de uma boa noite de descanso para organizar informações, para classificar e assentar dados e lembranças.

Se isso não acontecer e se passarmos toda a noite acordados, ele pode não levar a cabo nenhuma dessas funções e, aos poucos, vamos notar como nos custa reter determinada informação, como nos esquecermos de algumas conversas, datas… Dormir é muito importante!

10. De noite, sofremos uma autêntica “lavagem cerebral”

Cerebro-sao-500x375

Surpreendido? É apenas uma expressão para uma função realmente curiosa:

De noite, nossas células cerebrais se encolhem para que passe com maior liberdade o líquido cerebrospinal.

A função desse líquido é a de levar todos os detritos que essas células originaram durante o dia.

É uma coisa muito importante porque, se não dormirmos adequadamente, essa função não pode ser realizada e acabamos sofrendo com uma acumulação de toxinas.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Sarrais, F., & de Castro Manglano, P.. (2007). El insomnio. Anales del Sistema Sanitario de Navarra30(Supl. 1), 121-134.  http://scielo.isciii.es/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1137-66272007000200011&lng=es&tlng=es.
  • Benca RM. Diagnosis and treatment of chronic Insomnia: A review. Psychiatric Serv 2005; 56: 332-343.
  • Briançon-Marjollet, A., Weiszenstein, M., Henri, M., Thomas, A., Godin-Ribuot, D., & Polak, J. (2015). The impact of sleep disorders on glucose metabolism: endocrine and molecular mechanisms. Diabetology & Metabolic Syndrome, 7(25). https://doi.org/10.1186/s13098-015-0018-3
  • Buysee D, Reynolds C, Kupfer D, Thorpy MJ, Bixler E, Manfredi R et al. Clinical diagnosis in 216 insomnia patients using the International Classification of Sleep Disorders (ICSD), DSM-IV, and ICD-10 categories: a report from the APA/NIMH DSM-IV field trial. Sleep 1994; 17: 630-637.
  • Arora, T., Gad, H., Omar, O. M., Choudhury, S., Chagoury, O., Sheikh, J., & Taheri, S. (2018). The associations among objectively estimated sleep and obesity indicators in elementary schoolchildren. Sleep Medicine, 47, 25–31. https://doi.org/10.1016/j.sleep.2018.03.014
  • Castro-Diehl, C., Diez Roux, A. V., Redline, S., Seeman, T., Shrager, S. E., & Shea, S. (2015). Association of Sleep Duration and Quality With Alterations in the Hypothalamic-Pituitary Adrenocortical Axis: The Multi-Ethnic Study of Atherosclerosis (MESA). The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, 100(8), 3149–3158. https://doi.org/10.1210/jc.2015-1198
  • Chang, W.-P., Liu, M.-E., Chang, W.-C., Yang, A. C., Ku, Y.-C., Pai, J.-T. et al. (2013). Sleep Apnea and the Risk of Dementia: A Population-Based 5-Year Follow-Up Study in Taiwan. PLoS ONE, 8(10), e78655. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0078655
  • Hariprasad, V. R., Sivakumar, P. T., Koparde, V., Varambally, S., Thirthalli, J., Varghese, M. et al. (2013). Effects of yoga intervention on sleep and quality-of-life in elderly: A randomized controlled trial. Indian Journal of Psychiatry55(7), 364–368. https://doi.org/10.4103/0019-5545.116310
  • Nedeltcheva, A. V., Kessler, L., Imperial, J., & Penev, P. D. (2009). Exposure to Recurrent Sleep Restriction in the Setting of High Caloric Intake and Physical Inactivity Results in Increased Insulin Resistance and Reduced Glucose Tolerance. The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, 94(9), 3242–3250. https://doi.org/10.1210/jc.2009-0483
  • Noh, H. J., Joo, E. Y., Kim, S. T., Yoon, S. M., Koo, D. L., Kim, D. et al. (2012). The Relationship between Hippocampal Volume and Cognition in Patients with Chronic Primary Insomnia. Journal of Clinical Neurology, 8(2), 130. https://doi.org/10.3988/jcn.2012.8.2.130
  • Ochs‐Balcom, H. M., Hovey, K. M., Andrews, C., Cauley, J. A., Hale, L., Li, W. et al. (2019). Short Sleep Is Associated With Low Bone Mineral Density and Osteoporosis in the Women’s Health Initiative. Journal of Bone and Mineral Research. https://doi.org/10.1002/jbmr.3879
  • Taheri, S., Lin, L., Austin, D., Young, T., & Mignot, E. (2004). Short Sleep Duration Is Associated with Reduced Leptin, Elevated Ghrelin, and Increased Body Mass Index. PLoS Medicine, 1(3), e62. https://doi.org/10.1371/journal.pmed.0010062
  • Terzi, R., & Yılmaz, Z. (2015). Bone mineral density and changes in bone metabolism in patients with obstructive sleep apnea syndrome. Journal of Bone and Mineral Metabolism, 34(4), 475–481. https://doi.org/10.1007/s00774-015-0691-1
  • Uchida, S., Shioda, K., Morita, Y., Kubota, C., Ganeko, M., & Takeda, N. (2012). Exercise Effects on Sleep Physiology. Frontiers in Neurology, 3, 48. https://doi.org/10.3389/fneur.2012.00048
  • Xie, L., Kang, H., Xu, Q., Chen, M. J., Liao, Y., Thiyagarajan, M. et al. (2013). Sleep Drives Metabolite Clearance from the Adult Brain. Science, 342(6156), 373–377. https://doi.org/10.1126/science.1241224

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.