12 razões que explicam por que a cerveja não é boa para a saúde

A cerveja não fornece lipídios, e sim açúcar. E embora seja considerada uma "fonte" de vitaminas B, algumas delas estão presentes em quantidades mínimas.
12 razões que explicam por que a cerveja não é boa para a saúde

Última atualização: 23 agosto, 2022

A cerveja é uma bebida alcoólica muito popular. Por isso, existem muitos mitos sobre os benefícios que pode trazer à saúde. Embora se saiba que, principalmente, contribui com calorias vazias, há quem insista em destacar sua suposta contribuição de vitaminas B e minerais como potássio, fósforo, magnésio, entre outros nutrientes.

Mas até que ponto a contribuição nutricional da cerveja está sendo exagerada? Vamos descobrir a seguir.

Contribuição nutricional da cerveja

Segundo dados da Fundação Espanhola de Nutrição (FEN), em sua composição, a cerveja fornece principalmente carboidratos (açúcares). Tais dados também indicam que essa bebida contém uma certa quantidade de polifenóis e fitoestrogênios naturais. No entanto, é importante notar que essas contribuições são mínimas.

Embora a cerveja contenha certa quantidade de vitaminas B, sua contribuição não é tão significativa a ponto de tornar essa bebida uma opção recomendada, muito menos saudável.

Sim, é verdade que as vitaminas do grupo B podem contribuir muito para a saúde de todo o organismo, inclusive do cérebro, mas a partir disso pensar que bebendo cerveja você obterá esses nutrientes para manter o organismo saudável… há uma distância muito grande, para não dizer um abismo.

A cerveja não é recomendada pelos profissionais de saúde, pois muitas vezes as pessoas acham que, como a bebida tem o potencial de trazer certos benefícios, elas podem consumi-la com frequência, sem limites.

Algo que vale a pena levar em consideração é que as cervejas podem ter até 220 calorias por porção dependendo da marca, sendo outra razão importante para manter a moderação.

Qualquer publicidade sobre os benefícios de uma bebida alcoólica não pode nos levar a esquecer o detalhe de que o álcool é muito tóxico.
–J.M Mulet em Comer sim miedo (Comer sem medo, em tradução livre).

Reflexões finais

Vários são os estudos que destacam os múltiplos danos que o consumo de álcool acarreta. Por esse motivo, nenhum médico pode recomendar um copo de cerveja – ou qualquer outra bebida alcoólica. Muito menos diariamente.

Em seu livro ¡Que se le van las vitaminas! (As vitaminas sumiram!, em tradução livre), a especialista em química e divulgadora científica Deborah García Bello explica o assunto de forma muito clara.

“Já ouvimos tantas vezes que ‘um copo de vinho faz bem à saúde’ que parece verdade (…) se é tradicional deve ser bom. Se durante toda a vida disseram que o vinho faz bem à saúde, isso deve ser verdade. Ou não?”

A questão do vinho é comparável à da cerveja e de outras bebidas alcoólicas.

Embora a Organização Mundial da Saúde (OMS), assim como outras instituições científicas e pesquisadores, tenha alertado inúmeras vezes sobre os riscos de beber cerveja, rum, vinho ou outras bebidas alcoólicas, muitas pessoas ainda optam por manter a “tradição”, para justificar seu consumo de álcool.

O consumo de álcool aumenta o risco de várias doenças, incluindo câncer. Portanto, não é recomendável, de forma alguma, se agarrar à ideia de que determinada quantia por dia, por mês, quando for, vai nos “proteger” ou nos proporcionar algum tipo de benefício específico.

De acordo com um artigo publicado no The American Journal of the Medical Sciences, é conveniente considerar o seguinte: “os benefícios do consumo moderado de álcool não foram respaldados ​​pelos médicos por medo de que grandes consumidores considerem qualquer mensagem desse tipo como uma licença permissiva para beber em excesso”.

Qualquer conversa sobre o consumo de álcool com um paciente deve ser feita no âmbito de uma consulta, sempre definindo de forma muito clara o que é o consumo moderado para que o paciente não realize um consumo excessivo e sofra seus respectivos riscos.


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