Conheça 5 mitos sobre a psicopatia

Os indivíduos com psicopatia muitas vezes não apresentam traços negativos. Pelo contrário, geralmente são pessoas sociáveis ​​e amigáveis ​​que, em seguida, se aproveitam daqueles ao seu redor.
Conheça 5 mitos sobre a psicopatia

Última atualização: 23 agosto, 2022

Nem tudo o que escutamos, lemos ou vimos sobre a psicopatia é verdadeiro. Por isso, hoje explicaremos 5 mitos que consideramos verdadeiros, mas que, na realidade, são apenas ficção.

Transtornos como o bipolar, a depressão ou a anorexia e a bulimia são tratados, às vezes, com muita superficialidade, utilizando expressões como “você é bipolar” ou “está tão magra que parece anoréxica”.

No entanto, não devemos usar essas palavras tão facilmente. É que, na maioria dos casos, estamos errados a respeito do transtorno ao qual fazemos referência.

Os mitos em torno da psicopatia

1. Não há empatia

Os mitos em torno da psicopatia

Considera-se que os psicopatas não têm empatia. Porém, isso não é verdade.

Os psicopatas manipulam e, para fazer isso, precisam saber como a outra pessoa se sente em todo momento e que reação suas palavras causarão sobre a vítima, para assim prendê-la.

Ser empático implica em conhecer o estado de ânimo da outra pessoa, saber como ela se sente. Isso é denominado como empatia cognitiva, e os psicopatas a possuem.

O que carecem é de empatia emocional. E a que estamos nos referindo? Ao fato de que eles, como indivíduos, não são capazes de sentir remorsos, culpa ou dor por manipular as outras pessoas.

2. São loucos

Pensar que psicopatas são loucos é um dos mitos da psicopatia

Sem dúvidas, este termo é o mais inadequado no caso de lidar com alguém com psicopatia.

Um psicopata não é louco, pois a loucura implica na perda de controle, na desconexão com a realidade e nos atos realizados sem pensar.

Os psicopatas são conscientes do que fazem. E mais, têm um grande controle sobre tudo, para assim conseguirem o que desejam.

3. Os psicopatas são criminosos

Os psicopatas não necessariamente transgridem a lei. Esse não é seu objetivo. Eles querem conseguir coisas, mas para isso não cometem atos delitivos, e sim usam as outras pessoas.

Se uma pessoa com psicopatia pega suas coisas emprestadas se aproveitando de sua bondade e depois não as devolve, isto não é um delito.

Você permitiu, e o psicopata não faz como os demais; não sabe quando parar, porque não é consciente de que está passando dos limites.

Assim, devemos tirar de nossa mente a ideia de que as pessoas psicopatas roubam, matam e fazem grandes maldades. Para elas, não é conveniente para ser o centro das atenções.

4. Tiveram uma família disfuncional

Quais são os mitos sobre a psicopatia?

Talvez este grande mito tenha surgido porque, na realidade, não sabemos nada sobre os psicopatas. Um psicopata não se transforma nisso, mas nasce assim.

Os psicopatas são assim porque possuem áreas no cérebro alteradas ou que não são ativadas, uma condição inata e biológica.

Quando o cérebro de uma pessoa funciona com normalidade, mas não adquiriu as ferramentas necessárias para socializar com os outros de forma saudável, denominamos isso de sociopatia.

Neste caso, produziu-se uma criança negligente: abusos sexuais, carências afetivas e outro tipo de situações que causaram um desenvolvimento deficiente.

5. São muito frios

Pensar que psicopatas são muito frios é um dos mitos da psicopatia

Apesar de ser verdade que os psicopatas não sentem as emoções, isto não tem nada a ver com o que aparentam.

Em geral, costumam ser pessoas muito simpáticas e agradáveis, essas que parecem dignas de sua confiança e das quais você se aproxima com segurança.

É certo que tudo isso é fingido. Sua amabilidade é uma arma para atrair suas vítimas e assim poder manipulá-las e usá-las para seus fins pessoais.

Um psicopata jamais se mostra frio, altivo e ou tenta se destacar. Pelo contrário, tenta se mostrar confiável e amável para que os outros confiem neles.

É importante desmistificar a psicopatia para nos aproximarmos dela de uma forma mais realista e assim entendê-la melhor.

As doenças ou transtornos mentais não implicam loucura, nem são uma característica das pessoas que cometem atos delitivos ou que são “estranhas”.

Muitas pessoas com psicopatia vivem entre nós sem nos darmos conta. São pessoas normais, mas que enxergam as coisas de uma maneira diferente.

Para eles, os outros não são pessoas, e sim simples objetos que usam para conseguirem seus objetivos ou satisfazerem suas necessidades.

A psicopatia não pode ser curada, mas pode ser tratada.


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