Como demonstrar amor a uma pessoa com depressão

A pessoa com depressão deve saber que tem todo o nosso apoio e que vamos estar ao seu lado para o que precisar, aconteça o que acontecer
Como demonstrar amor a uma pessoa com depressão
Bernardo Peña

Revisado e aprovado por o psicólogo Bernardo Peña.

Escrito por Katherine Flórez

Última atualização: 20 dezembro, 2022

A depressão é uma desordem emocional exaustiva e perigosa que pode diminuir a qualidade de vida dos doentes.

Isto tem implicações a nível físico e emocional e pode se tornar grave o suficiente para ser considerado motivo de incapacidade.

O agravante é que o deprimido sente que ninguém pode entender o que está passando e tende a se isolar para não se sentir julgado.

Esta condição é uma doença que necessita de tratamento, mas alguns ainda continuam considerando que é falta de caráter em certas situações.

Tal situação não é fácil de lidar. Os afetados precisam do apoio de seus entes queridos para superá-la completamente.

Vamos revelar algumas recomendações para mostrar o amor e apoio às pessoas que estão enfrentando essa dificuldade.

Deixe que ela saiba que não está sozinha
Filha com depressão

Quando uma pessoa está deprimida, muitas vezes, sente que está atravessando um túnel escuro e cheio de dificuldades.

Como entes queridos, é importante deixar claro que a pessoa não está sozinha neste caminho e que contará com uma mão amiga para superar todos os obstáculos.

No começo pode parecer desanimador porque parece inútil reanimar a pessoa afetada; no entanto, com insistência e boas atitudes, podemos demonstrar pouco a pouco que ela não estará sozinha na batalha.

Desafie seus pensamentos destrutivos

A tristeza que caracteriza esta doença é geralmente acompanhada com um monte de pensamentos destrutivos dolorosos e prejudiciais.

O afetado reprova sua vida, culpa-se por causa dos problemas e traz à tona todas as falhas que acredita possuir.

Uma forma de desafio é você destacar todas as suas qualidades que possui e cada uma das realizações alcançadas para se tornar a pessoa que é.

Ajude-a nos afazeres
Mulher dobrando roupa e lidando com a depressão

As atividades domésticas, a limpeza e outras tarefas são muitas vezes evitadas depois de entrar em um período de depressão.

Com o passar do tempo, começa a acumular poeira, os pratos ficam empilhados na pia e tudo parece muito desorganizado.

Essas coisas, combinadas com a tristeza e a incapacidade, fazem a pessoa piorar até quase chegar ao fundo do poço.

Por isso, uma forma de apoiá-la é manter o caos sob controle tentando manter o ambiente harmonioso e limpo.

Prepare uma refeição saudável

Ao passar por um episódio desta doença, duas coisas podem acontecer em termos de alimentação: a pessoa come muito pouco ou cai nos excessos.

Em ambos os casos, você deve ter muito cuidado porque, com o passar dos dias, isso gera impactos sobre a saúde física e piora o problema.

O deprimido pode pensar que a solução para se alimentar sem complicação é fazer ou pedir uma comida rápida ou pular as refeições.

No entanto, as duas ações geram deficiências nutricionais e consequências negativas para a saúde e o humor.

Como apoio, você pode assegurar-se de preparar uma refeição saudável e, de preferência, refeições que estimulam a produção de serotonina.

Dê um abraço na pessoa com depressão
Homem abraçando moça com depressão

Abraços são muito benéficos, e isto já está comprovado cientificamente; de fato, muitos o recomendam como terapia para aumentar a energia, elevar o humor e melhorar a saúde do cérebro.

Embora alguns indivíduos deprimidos não queiram ser tocados, um abraço sincero o reconfortará e irá fazê-lo sentir que têm apoio.

Não peça explicações

Um dos erros que as pessoas cometem quando querem ajudar um deprimido é pedir explicações sobre o que está acontecendo ou pressioná-lo para discutir o seu problema.

O que não é levado em conta é que os afetados não as podem dar, sentem medo e podem preferir se afastar antes de dá-las.

O apoio incondicional e o incentivo podem ser oferecidos sem a necessidade de saber em detalhes o que acontece. A menos que o paciente queira discutir sobre isso, é melhor que você respeite o seu silêncio.

Acompanhe-a quando consultar um profissional
Mulher depressiva consultando um psicólogo

A depressão é uma doença grave e que, em algum momento, pode exigir a intervenção de um profissional.

Embora o apoio e aconselhamento de entes queridos possam ajudar, em alguns casos, nem sempre são suficientes para superar a depressão completamente.

Especialistas têm o poder de chegar ao fundo da situação sem trazer mais danos aos afetados.

Portanto, uma forma de apoiar e demonstrar amor está em acompanhar à pessoa doente a suas consultas médicas quando necessário.

Finalmente, é bom lembrar que viver com uma pessoa deprimida não é fácil e requer muitos esforços próprios. O estado de humor neste tipo de situação pode ser contagioso e difícil de controlar.

É importante assumir isso com força e toda a disposição necessária para ajudar o doente.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Turney, K. (2011). Labored love: Examining the link between maternal depression and parenting behaviors. Social Science Research. https://doi.org/10.1016/j.ssresearch.2010.09.009
  • Vittengl, J. R., Clark, L. A., & Jarrett, R. B. (2003). Interpersonal problems, personality pathology, and social adjustment after cognitive therapy for depression. Psychological Assessment. https://doi.org/10.1037/1040-3590.15.1.29
  • Bodovski, K., & Youn, M. J. (2010). Love, discipline and elementary school achievement: The role of family emotional climate. Social Science Research. https://doi.org/10.1016/j.ssresearch.2010.03.008
  • Pincus, J. H. (2008). The Brain That Changes Itself: Stories of Personal Triumph From the Frontiers of Brain Science. The Journal of Nervous and Mental Disease. https://doi.org/10.1097/NMD.0b013e31817d2a8d
  • Grewen, K. M., Anderson, B. J., Girdler, S. S., & Light, K. C. (2003). Warm partner contact is related to lower cardiovascular reactivity. Behavioral medicine, 29(3), 123-130.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.