Dicas para reduzir o refluxo gástrico

Se você está sofrendo com com refluxo gástrico leia este artigo. Aqui iremos mostraremos várias dicas para reduzir seus sintomas.
Dicas para reduzir o refluxo gástrico
Elisa Morales Lupayante

Revisado e aprovado por a pedagoga em educação física e nutricionista Elisa Morales Lupayante.

Escrito por Yamila Papa Pintor

Última atualização: 01 abril, 2023

Você sabia que um dos comprimido mais vendido nos Estados Unidos é para reduzir o refluxo gástrico ou a acidez? Além disso, sabia ele que não é o único país onde a população sofre com esta condição de “queimação” no estômago depois de comer? Assim, se você está sofrendo com com refluxo gástrico leia este artigo. Aqui iremos mostraremos várias dicas para reduzir seus sintomas.

Um pouco de informação sobre o refluxo gástrico

O refluxo ácido ou o refluxo gastroesofágico são as doenças mais frequentes do trato digestivo. Por isso, ela são padecidas pela maioria das pessoas, em maior ou menor grau. O refluxo ocorre quando o ácido do estômago (que serve para digerir os alimentos) sobe para o esôfago em direção à garganta. Assim, os sintomas mais recorrentes do refluxo gástrico são:

  • Acidez (sensação amarga, como queimação ou pressão no peito ou na garganta depois de comer).
  • Regurgitação da comida (como ocorre ao vomitar).
  • Náuseas com gosto ácido.
  • Dificuldade para deglutir os alimentos.

Como reduzir o refluxo

Quando uma pessoa sofre com o refluxo gástrico pelo menos uma vez na semana, então estamos falando de refluxo gastroesofágico.

A metade da população dos Estados Unidos possui a primeira doença e cerca de 20% sofre com a segunda. Apesar de que nele os hábitos alimentares não serem dos mais saudáveis, as porcentagens aproximam-se à de outros países, como a Espanha.

Isso pode te interessar:

Dieta sem glúten: como fazê-la

PORQUE O REFLUXO GÁSTRICO ACONTECE?

Ao engolir os alimentos, estes precisam passar pelo esôfago, atravessar o esfíncter esofágico e terminar no estômago. O esfíncter é como uma barreira ou tampa que se abre e se fecha cada vez que a comida passa. Ele tem até 7 cm de comprimento e sua função é controlar o que entra no estômago. Além disso, ele evita que o que já tenha passado por ali volte pelo sentido contrário.

Como se trata de um músculo, pode variar sua força ou capacidade para se fechar completamente. São muitas as causas do refluxo gástrico além do fato de comer muito rápido. Os temperos ou ingredientes que estão em nossos alimentos, dormir logo após terminar de jantar, a pressão no estômago ou a atividade física podem desencadear o refluxo.

O estômago conta com ácidos muito potentes, cuja função é “dissolver” os alimentos antes da digestão. Assim, se a “porta de acesso” estiver entreaberta, estes ácidos podem subir para o esôfago. Isso causa uma sensação de queimação na boca do estômago.

Pense no que ocorre quando vomitamos: sentimos um gosto ácido na boca e uma sensação de queimação na garganta. Isto se deve aos ácidos que expelimos junto com o alimento.

Reflujo1

O problema do refluxo é que, se o ácido passa muitas vezes pelo esôfago, ele pode causar úlceras ou inflamações crônicas. Além disso, em alguns pacientes, causa esofagite e até doenças pulmonares. Ademais, os ácidos que chegam até a boca podem causar erosão dental e mau hálito.

É bom saber também que nem todas as pessoas apresentam sintomas. Algumas delas referem não sentir nada, mesmo padecendo da doença. Isso é chamado de “refluxo silencioso”, podendo ser detectado com um monitoramento dos níveis de pH e exames endoscópicos.

Refluxo para a vida

Logo que nascemos temos refluxo gástrico, e isso não é ruim. Caso aconteça de vez em quando não há nada para se alarmar. Cerca de 85% dos bebês possuem refluxo ou regurgitação depois de serem amamentados até o primeiro ano de vida, isso é normal. Mulheres grávidas também podem sofrer com o refluxo por causa da pressão do ventre contra o estômago.

É muito comum relacionar-se o refluxo com a obesidade. Isso se deve ao fato da gordura extra apertar a cavidade abdominal, além do tipo de alimento que algumas pessoas com sobrepeso costumam consumir.

Reflujo-500x325

Muitos idosos com mais de 60 anos também sofrem com refluxo, pois o músculo que “tampa” o esôfago está fraco após várias décadas de trabalho.

Como reduzir o refluxo gástrico

Ter uma dieta saudável

Algumas pessoas podem sofrer com este problema por causa de alguns alimentos ou por diferentes ingredientes, porém a maioria refere aumento dos sintomas ao consumir: café, menta, chocolate, álcool, molho de tomate, alimentos muito temperados ou picantes, lácteos e alimentos processados. Por isso, aconselhamos consumir mais frutas e vegetais, cereais integrais, frutos secos e água para reduzir o refluxo.

Melhorar os hábitos alimentares

Além de ter em mente a lista de alimentos que não pioram o refluxo gástrico, é bom também começar a comer menos, principalmente durante a noite. Jantar muito e dormir logo em seguida não ajudarão em nada a reduzir o refluxo.

Recomenda-se optar por pratos mais leves, muitos vegetais e frutas de sobremesa. Tampouco é bom beber muito álcool, comer fast-food várias vezes na semana ou mesmo alimentos processados e nem muito frios ou quentes. Coma lentamente e mastigue várias vezes a comida.

Durma bem

Uma hora após a refeição, tente descansar o tempo que seja necessário até se sentir bem e renovado. Isto fará com que todos os músculos se relaxem, incluindo o do esôfago, o que permitirá que ele trabalhe melhor e de modo mais eficiente.

Da mesma forma, é bom reduzir o estresse ao máximo possível, porque do contrário, o refluxo será recorrente todos os dias, ou o que é pior, se tornará a regra e não a exceção, causando muitos problemas de saúde sérios e irrecuperáveis.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Bortoli, N., Martinucci, I., Bellini, M., Marchi, S., Savarino, E., Nacci, A., Romeo, S. O., Fattori, B., & Savarino, V. (2013). Optimal treatment of laryngopharyngeal reflux disease. Therapeutic Advances in Chronic Disease. https://doi.org/10.1177/2040622313503485
  • Clarrett, D. M., & Hachem, C. (2018). Gastroesophageal Reflux Disease (GERD). Missouri medicine115(3), 214–218.
  • Enfermedad por reflujo gastroesofágico. (2019). Clínica Mayo. Recuperado el 4 de marzo de 2020.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.