Inteligência intuitiva: você se identifica?

Ainda que possa parecer um poder sobrenatural, o fato é que a intuição se baseia em conhecimentos e experiência armazenadas em nosso subconsciente, por isso está vinculada diretamente com nossa essência
Inteligência intuitiva: você se identifica?
Valeria Sabater

Escrito e verificado por a psicóloga Valeria Sabater.

Última atualização: 27 junho, 2023

Para muitos, longe de ser uma aptidão e uma habilidade, a inteligência intuitiva está menos relacionada a algo científico e mais para sobrenatural.

Agora, é importante saber que a intuição conta com anos de estudos no campo da psicologia.

Com livros como “Educar a intuição” de Robin M. Hogarth ou “Inteligência intuitiva, porque sabemos o que sabemos?” de Malcolm Gladwell, contamos com excelentes exemplos que nos demonstram a atual importância dessa dimensão.

Uma pessoa intuitiva é aquela capaz de escutar a voz de seu subconsciente para dar respostas mais rápidas e úteis. Longe de vê-los como um ato de “magia”, muitos gostarão de saber que, atualmente, estamos diante de uma área que vale a pena desenvolver diariamente.

A seguir, informaremos sobre isso. Confira.

Inteligência intuitiva: chaves para desenvolvê-la

A voz popular sempre exaltou essa ideia de que a intuição é uma área restrita quase exclusivamente ao cérebro feminino. Porém, essa não é uma crença correta, porque tanto homens quanto mulheres contam com essa aptidão.

A única diferença está em que, comumente, é a mulher quem costuma se importar mais com sua “voz interior”, ao que diz o seu coração. Ela é quem estabelece uma união mais íntima com seu subconsciente.

Porém, um fato curioso que sem dúvidas muitos gostarão de saber é que, tal e como o especialista em Inteligência Emocional, Daniel Goleman nos explica, são  muitos os homens que fazem uso da intuição sem se dar conta disso:

  • Os agentes da bolsa tomam decisões em poucos segundos. Sem muito tempo para analisar dados, deixam-se levar por seus “instintos”, por essa intuição que não é mais do que o baú automático de sua própria existência.
  • Médicos, psiquiatras e muitos profissionais também fazem uso da intuição porque, ao final, é esse interruptor que lhes permite se dar conta de algo baseando-se em seus próprios conhecimentos armazenados.

Vejamos de que modo podemos desenvolver um pouco mais a nossa inteligência intuitiva.

 

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Aprenda a confiar na sua voz interior

Sem dúvidas isso já te ocorreu alguma vez. Você vê uma pessoa e, no mesmo momento, sabe se ela é de confiança ou não. Em alguma ocasião você pode vir a se enganar, mas geralmente acerta em cheio. Será que você tem algum tipo de poder?

  • De forma alguma. Ao longo de toda a nossa vida tivemos centenas de experiências, obtivemos aprendizagens, tiramos conclusões, às vezes até de forma inconsciente.
  • Nosso cérebro armazena imagens, sensações, odores e uma infinidade de dados classificados de forma muito profunda que vão modelando pouco a pouco essa capacidade chamada de intuição, que não é mais do que a nossa própria essência, nossa identidade, e é ela quem nos permitirá dar repostas rápidas em determinados momentos.

Chegando nesse ponto é possível que se pergunte se é adequado ou não confiar em sua intuição. A resposta é sim!

  • A intuição nos permite dar respostas que entram em equilíbrio com nossa própria identidade, com o que nos define. Quem se afasta de sua intuição acaba se afastando de si mesmo.

*Observemos um exemplo: sua família te recomenda que aceite uma determinada oferta de emprego, o que pode te dar a possibilidade de viver melhor, mas sua intuição te diz que você não será feliz nesse trabalho.

Porém, sua parte emocional argumenta que “mais dinheiro = melhor qualidade de vida”.

O que deveríamos fazer nesse caso?

  • Escute a intuição com atenção. Ela está diretamente vinculada ao seu mundo emocional, às suas experiências e à sua identidade.
  • Depois, após escutar sua intuição, foque a situação de forma racional: vou escolher um trabalho que não me fará feliz? A inteligência intuitiva já te deu a resposta.

Pensar de forma “zen”

Aqui citamos de novo Daniel Goleman. Segundo ele, atualmente os responsáveis por grandes multinacionais e empresas (como é o caso da Google ou do Facebook) recomendam a seus funcionários o “think zen”. Baseia-se no seguinte:

  • Na hora de dar respostas mais acertadas é preciso que saibamos escutar a nós mesmos.
  • Pensar de forma “zen” é alcançar primeiro um estado de calma profunda, com o qual deixamos de lado pressões, estresses, pensamentos limitantes ou ansiedadesSó assim entraremos em contato com nossa intuição.
  • Uma vez que nos conectamos com nossa essência pessoal, com essa voz interior, nos permitiremos conectar com o exterior, porém, apenas com aquilo que é necessário para que tomemos uma decisão adequada, original, nova e criativa.

Como você pode ver, a inteligência intuitiva pode ser muito útil no dia a dia porque nos permite, antes de tudo, atuar e dar respostas mais equilibradas de acordo com nossas necessidades e personalidade.

O enfoque racional e lógico, em ocasiões, deixa de lado o plano emocional, imprescindível para o nosso crescimento pessoal. Assim, nunca é demais fazer uso dos dois enfoques: a intuição e a lógica.


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