Mitos e curiosidades sobre o álcool

Ainda que alguns bebam para esquecer, devemos saber que o efeito do álcool é exatamente o contrário, já que estimula as áreas cerebrais encarregadas das lembranças e do aprendizado.
Mitos e curiosidades sobre o álcool

Última atualização: 01 janeiro, 2019

Desde o tradicional “não vou mais beber” aos remédios caseiros para curar a ressaca, tudo o que está relacionado a bebidas pode ser real ou apenas fazer parte do imaginário popular. Se você quiser saber o que há de verdadeiro em cada um dos mitos e curiosidades sobre o álcool e a embriaguez, leia o texto abaixo.

Questões sobre o álcool

É recomendável comer algo no dia seguinte de uma noite de bebedeira ao se levantar? É verdade que o café e o refrigerante cortam os efeitos do álcool? É melhor ser abstêmio ou se acostumar a beber? Consumir álcool mata os neurônios? O que significa saber beber?

São muitas perguntas para poucas respostas exatas. Um remédio só pode ser considerado efetivo ou não se consumido. Cada indivíduo reage com respostas diferentes às substâncias ingeridas. O que funciona para um, pode não funcionar para outro.

Mitos e verdades sobre o álcool e a embriaguez

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Não precisa beber para ficar embriagado

Às vezes, o indivíduo precisa pensar que está bêbado para se comportar de maneira desinibida.

Várias experiências comprovaram isso. Em um dos casos, um grupo de pessoas bebeu cerveja sem álcool sem ter conhecimento do teor ou da ausência dele na bebida e, essas mesmas pessoas se comportaram como se estivessem bêbadas.

O resultado foi o chamado “efeito placebo”; através de mensagens enviadas ao cérebro, o indivíduo acredita estar bêbado e reproduz esse comportamento como resposta a essas mensagens.

Foi constatado que esse efeito pode ser muito mais forte do que o esperado.

Beber para combater o frio

Na época das grandes nevascas na Suíça, cães da raça São Bernardo eram criados e ensinados a resgatar pessoas do frio intenso. Tempos depois disso, criou-se uma lenda de que esses cães carregavam barris de cerveja no pescoço para darem as vítimas.

Durante muito tempo as pessoas acreditaram que o álcool fornece calor, mas essa afirmação não é verdadeira.

O que ele proporciona quando consumido é uma sensação de aquecimento devido à dilatação dos vasos sanguíneos, ocasionando na ruborização da pele.

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A maior parte do álcool é metabolizada no fígado

Essa afirmação é verdadeira, e é por isso que muitos consumidores “fiéis” acabam tendo problemas hepáticos mais cedo ou mais tarde. O mito começa com a crença de que a prática de atividades físicas elimina o álcool pelo suor.

Apenas 10% do álcool ingerido será eliminado através dos poros da pele, não importando a carga de exercício que a pessoa esteja disposta a praticar. O restante passará pelo fígado indefectivelmente.

Tomar café e beber refrigerante também não vai cortar o efeito do álcool ou “tirar” a ressaca. O fígado trabalhará intensamente até eliminar todo o resquício da bebida, por isso é importante evitar os excessos.

Beber não serve para esquecer

Provavelmente você alguma vez já bebeu sob a desculpa de esquecer um problema pessoal ou uma relação amorosa, nesses casos o efeito do álcool é totalmente oposto.

Ele estimula as áreas do cérebro responsáveis pelas lembranças e aprendizagem. A pessoa provavelmente vai se lembrar do que queria esquecer e sofrerá ainda mais.

O álcool mata neurônios

O álcool não vai fazer os neurônios morrerem e felizmente estudos atuais comprovam a capacidade de regeneração dos neurônios.

Porém, o consumo abusivo dessa substância pode comprometer parte das funções do cérebro, inibir o crescimento de novas células dessa parte do corpo e aumentar o risco de doenças degenerativas.

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Duas taças de vinho por dia é exagero

Talvez o médico tenha dito que beber uma taça de vinho no almoço e outra no jantar seja ideal para prevenir doenças cardíacas e diabetes, mas essas doses são exageradas de acordo com novas pesquisas relacionadas ao assunto.

A quantidade ideal corresponde a meia taça por dia.

A alcoorexia afeta mais as mulheres

Essa patologia é conhecida também como anorexia alcoólica (drunkorexia) e combina alcoolismo com bulimia e/ou anorexia. A pessoa afetada deixa de comer e só consome álcool.

Trata-se de um transtorno alimentar que costuma afetar as mulheres de menos de 30 anos, provocando danos físicos e psicológicos como depressão, desnutrição e irregularidades no ciclo menstrual.

Não faz mal beber nos finais de semana

Muitos acreditam que não há problema em se embebedar todos os finais de semana e se abster durante a semana. No entanto, abusar do álcool durante esses dias duplica o risco de sofrer uma parada cardíaca.

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Na América se consome mais álcool

As estatísticas indicam que o continente onde o consumo de álcool é maior é na América. A média de consumo dos 35 países que compõem o continente é de 8,5 litros de álcool puro por ano.

A média dos demais continentes é de 6 litros. As bebidas alcoólicas estão relacionadas ao maior número de atendimentos em hospitais públicos, ausências no trabalho, violência doméstica, suicídios, acidentes de trânsito, brigas de rua, etc.

A cor da bebida importa

Para não se embriagar, é preciso não misturar as bebidas; o segredo é manter a mesma bebida do primeiro ao último gole.

Para saber como a pessoa vai se levantar no dia seguinte, é só olhar a cor da bebida: quanto mais escura, pior a pessoa se sentirá no período da ressaca.

Isto se deve aos congêneres, um componente presente em muitas bebidas. A seguir veremos uma pequena lista em ordem decrescente do mal-estar que as bebidas provocam; quanto maior o nível na lista, pior é a ressaca:

  • Conhaque
  • Vinho
  • Rum
  • Uísque
  • Gim
  • Vodca

O termo médico para ressaca é “veisalgia”

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Dependendo do país, o termo “ressaca” pode receber outros nomes, entre eles: cruda, guayabo, hangover ou Futsu-ka-yoi. Na medicina, a palavra usada vem do noruego “kveis”, que quer dizer intranquilidade e do grego “algia”, que significa dor.

Pesquisadores do Imperial College em Londres estão empenhados trabalhando em um projeto para conseguir uma bebida que proporcione o mesmo efeito do álcool sobre o cérebro, mas que não tenha os mesmos efeitos colaterais.


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