Miomas uterinos: 5 coisas que deveríamos saber

O tratamento irá variar em função do tamanho do mioma. Pode ser necessário fazer uma intervenção cirúrgica para extirpá-lo, mas em alguns casos basta fazer exames periódicos e tomar os medicamentos adequados.
Miomas uterinos: 5 coisas que deveríamos saber

Última atualização: 24 dezembro, 2018

Segundo a Sociedade Espanhola de Ginecologia e Obstetrícia (SEGO), quase 70% das mulheres podem desenvolver miomas uterinos em algum momento de suas vidas.

A primeira coisa que devemos saber é que somente 0,5% destes miomas irão se transformar em cancerígenos.

Ainda assim, os incômodos e os problemas que eles podem nos causar são algo que devemos levar em conta e que nos obriga, antes de mais nada, a não nos esquecermos de nossos exames periódicos com o ginecologista.

Os miomas uterinos também são conhecidos como fibromiomas e são o tipo de tumor mais frequente nas mulheres.

Portanto, queremos compartilhar cinco dados fundamentais para que você conheça todos os seus sintomas, sua origem e as possíveis consequências que podem deixar em nosso corpo caso soframos com eles.

Estamos certos de que esta informação vai ser do seu interesse.

1. Miomas uterinos: o que são? Por que aparecem?

Muitas mulheres costumam se queixar das mesmas coisas: levam uma vida saudável, cuidam da saúde sexual, fazem exames ginecológicos periódicos quando é o momento e, no entanto, sem saber como, recebem o diagnóstico de mioma uterino.

mioma-uterino

Por que isso acontece? A verdade é que atualmente não se sabe exatamente o que os causa. Acredita-se, por exemplo, que a genética influencie o seu surgimento, mas o que se sabe com certeza é como eles aparecem e se desenvolvem.

  • O útero tem diversas camadas. Uma delas é o miométrio.
  • Os hormônios femininos como o estrogênio e a progesterona estimulam o crescimento de pequenas protuberâncias no miométrio que, pouco a pouco, podem se transformar em miomas.
  • Os miomas uterinos podem ser divididos em subserosos, quando estão situados na superfície do útero, intramurais quando se localizam dentro da parede uterina, e submucosos quando estão dentro da própria cavidade deste órgão.
  • Os miomas subserosos não costumam apresentar sintomas. Já os intramurais e submucosos afetam o endométrio até o ponto de causar sangramentos, dor e, em casos mais extremos, a infertilidade.

Os miomas fazem com que a circulação sanguínea não chegue de forma adequada ao útero, fazendo com que possam surgir dores intensas e que possam ocorrer abortos espontâneos.

2. Quem tem mais risco de sofrer miomas uterinos?

Os médicos indicam que, no geral, eles podem aparecer entre os 35 e os 55 anos, sendo mais comuns entre os 45 e 55 anos.

  • Este tipo de tumor benigno aparece, sobretudo, durante nossa época fértil.
  • É comum que, se nossas mães os desenvolveram, nós tenhamos uma probabilidade um pouco maior de tê-los também.
  • O risco de sofrê-los é mais elevado para quem sofre de sobrepeso e quem nunca foi mãe.

3. Sintomas dos miomas uterinos

É necessário levar em conta que quase 30% das mulheres não costumam apresentar sintomas. Somente os exames periódicos com nosso ginecologista podem nos mostrar com total segurança a presença dos miomas uterinos.

dores-por-miomas-uterinos

Vejamos quais são os sintomas mais evidentes que a maioria das mulheres costuma experimentar:

  • Sangramento menstrual abundante
  • Sangramentos fora do período da menstruação
  • Períodos menstruais mais longos
  • Anemia ferropênica
  • Sensação de inchaço e cansaço
  • Ganho de peso
  • Dor durante as relações sexuais
  • Necessidade de urinar com mais frequência

4. Quais tratamentos existem para os miomas uterinos?

A primeira coisa que pensamos quando nos diagnosticam a presença de um ou vários miomas uterinos é que vamos ter que passar por uma intervenção cirúrgica.

  • Nem sempre é assim. Os miomas uterinos menores podem ser tratados através de medicamentos determinados e um controle através de exames periódicos.
  • Quando um mioma é muito grande, ou um pequeno não responde ao tratamento médico, não há outro remédio que não seja extirpá-lo.
  • Pode ser feita uma miomectomia (a extirpação dos fibromas sem afetar o útero) ou, se for o caso, uma histerectomia, a extirpação total ou parcial do útero.
  • No entanto, muitos especialistas aconselham utilizar o tratamento médico com acetato de ulipristal, um modulador de progesterona que reduz de forma notável a presença de miomas uterinos.

5. Miomas uterinos e fertilidade

Uma das dúvidas mais comuns que costumamos ter quando recebemos o diagnóstico de mioma é se será possível engravidar.

Tudo dependerá da idade que tivermos, mas visto que este tipo de tumor benigno é muito comum entre mulheres em idade fértil, este é sem dúvida um dos medos mais comuns.

Os especialistas dizem o seguinte:

  • Quando os tumores são grandes, podem causar problemas de fertilidade ou complicações durante a gestação.
  • As mulheres submetidas a miomectomias – extirpação dos miomas respeitando o útero – podem ter novas gestações.
  • A presença de miomas pode provocar abortos, por isso é recomendável planejar a gravidez e consultar o ginecologista para saber se ela será possível e se está livre de riscos.
alerta-gestantes-miomas-uterinos

Quando os miomas uterinos têm mais de 4 centímetros, já podem causar sérios inconvenientes durante a gestação: a mãe pode sofrer desde partos precoces e dores pélvicas até o descolamento da placenta.

Cuide da sua saúde e não hesite nunca em cumprir com seus exames periódicos com os profissionais de saúde, que sempre irão assessorá-la em relação a estes temas tão importantes.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Okolo, S. (2008). Incidence, aetiology and epidemiology of uterine fibroids. Best Practice and Research: Clinical Obstetrics and Gynaecology. https://doi.org/10.1016/j.bpobgyn.2008.04.002
  • Zimmermann, A., Bernuit, D., Gerlinger, C., Schaefers, M., & Geppert, K. (2012). Prevalence, symptoms and management of uterine fibroids: An international internet-based survey of 21,746 women. BMC Women’s Health. https://doi.org/10.1186/1472-6874-12-6

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.