5 permissões que você deve dar a si mesmo quando é maltratado por alguém

Se quem nos trata mal pertence ao nosso círculo mais próximo, devemos deixar claro que, se a pessoa não mudar de atitude, teremos que nos afastar pelo nosso próprio bem-estar.
5 permissões que você deve dar a si mesmo quando é maltratado por alguém

Última atualização: 16 setembro, 2020

Quando alguém nos trata mal temos três opções: reagir com inteligência, deixar-nos ser afetados, ou reagir com agressividade. Além disso, há algumas permissões que devemos dar a nós mesmos.

Não é fácil lidar com estas situações de alta intensidade emocional, nas quais se ativam áreas muito concretas de nosso cérebro.

Quando nos tratam de forma pouco respeitosa ou até ameaçadora, no momento tomam o controle áreas como o córtex pré-frontal, a amígdala, o córtex cingulado anterior e a ínsula.

Estas regiões se relacionam com o instinto de sobrevivência e são as que, com frequência, nos fazem reagir com agressividade ou com um comportamento de fuga.

Vale a pena gerir estas situações usando a inteligência emocional. Deste modo, quem nos controlará não será o medo e nem a raiva.

Propomos dar a si mesmo 5 permissões valiosas com as quais reagir da forma mais adequada quando alguém nos trata mal. Estamos certos de que elas poderão ser de grande ajuda.

5 permissões que vale a pena dar a si mesmo

1. Me dou permissão para lembrar quem sou e o que valho

Quando alguém nos trata mal, faz isso cruzando os limites do que é permitido. Vulnera nossa autoestima através do desprezo, das palavras agressivas, da humilhação e até do engano.

  • Quando atravessamos estas situações nos sentimos agredidos, porque atacam aquilo que foi tão difícil construir: nossa autoestima e nossa integridade pessoal.
  • Se alguém diz que “você não serve para nada”, a última coisa que devemos fazer é ficar irritados e tomados pela cólera.

O primeiro passo é não tomar como uma realidade as opiniões alheias. É preciso lembrar com calma que valemos para muitas coisas: tudo que nos propusermos a fazer.

O que alguém diz sobre nós não nos define. Assim, vale a pena racionalizar um pouco estas agressões mantendo o equilíbrio.

2. Me dou permissão para impor limites à sua agressão

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Visualize a seguinte imagem: ao seu redor flutua um círculo dourado como se fosse uma boia. É o que permite que você não se afogue em todos os seus entornos: na família, no trabalho, etc.

  • É seu apoio, a força cotidiana com a qual você abre caminho. No entanto, um belo dia aparece alguém que se aproxima demais.
  • Pelas suas costas, a pessoa traz uma agulha afiada que, quase como traição, direciona para a sua boia, a fura e tira o ar.
  • Depois disso, você nota como começa a afundar.
  • Não deixe que isso aconteça: você tem todo o direito de impedir que isso ocorra, de se defender, impor limites entre o que você permite e o que não permite.

É um princípio de saúde mental: se algo ou alguém o incomoda, reaja. Dê a si mesmo as permissões necessárias e não deixe que se aproximem tanto a ponto de machucá-lo.

3. Me dou permissão para falar com assertividade

Quando alguém nos trata mal, as emoções tomam o controle para nos fazer reagir com temor ou com raiva.

Estas duas vertentes controlam por completo nossa área racional para nos impedir de falar com valentia e acerto.

Em primeiro lugar, é preciso manter a calma. Somente assim poderemos falar com assertividade.

Imagine um palácio, uma sala branca com janelas abertas por onde entra uma luz serena. Entre e respire. Nada do que digam ou façam os demais deve fazer com que você se esqueça do quanto vale e de quem é.

Uma vez que você perceba que está calmo, fale. Agir com assertividade significa ser capaz de falar com respeito, mas com firmeza, deixando claro o que permitimos e o que não.

Fale sem medo, defenda-se.

4. Eu me dou permissão para deixar de lado quem me trata mal

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Quem o trata mal não merece o seu tempo e nem as suas preocupações. Há pessoas especialistas em criar problemas, em espalhar seu mau humor e seu desprezo a quem menos os merecem.

  • Somos conscientes de que, em algumas ocasiões, quem nos trata mal são as pessoas mais próximas de nós: companheiros de trabalho, família, e até nosso parceiro.
  • Outra regra essencial de saúde mental é lembrar que quem o trata mal não o respeita, não tem empatia e nem sintoniza com suas emoções.
  • Viver cada dia neste tipo de dinâmica tão tensa quanto destrutiva não é adequado.
  • É necessário refletir sobre isso e tomar uma decisão: dizer com clareza que não podemos permitir estes comportamentos e avisar que, se isso continuar, você irá se distanciar.

Sua saúde emocional deve vir em primeiro lugar.

5. Eu me dou permissão para curar a ferida e ser ainda mais forte

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Quem mais nos faz mal nestas situações são as pessoas que temos mais perto de nosso coração. Um parceiro, um irmão, uma mãe, um pai…

Quando alguém que é significativo para nós cruza o limite do permitido e respeitável, são muitas as coisas que “se rompem” em nosso interior.

  • Às vezes não basta impor distância. A marca da decepção está lá e precisamos curá-la.
  • Dê tempo a si mesmo. Você precisa de momentos para você nos quais possa fazer aquilo que mais o alivia: passear, escrever, pintar, viajar, ficar com os amigos.

É possível encontrar consolo e refúgio em muitas coisas, mas o melhor modo de curar feridas é nos rodearmos de pessoas que nos amam de verdade e que, por sua vez, merecem ser amadas.

Assim como há pessoas capazes de trazer tristezas e dias cinza, há aquelas que nos reiniciam. Dê a si mesmo estas permissões e liberte-se!


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