Às vezes, tudo o que precisamos é de um abraço que envolva nossa alma

Todos precisamos de abraços. Abraços que nos aliviem, que nos consolem, que nos façam sentir queridos. E não devemos apenas recebê-los, também é importante oferecê-los.
Às vezes, tudo o que precisamos é de um abraço que envolva nossa alma

Última atualização: 25 setembro, 2020

Um abraço é uma expressão de afeto, reconhecimento, carinho e aprovação. É um “Vai ficar tudo bem” ou um “Estou aqui” que cada um de nós precisa sentir com frequência.

Neste espaço, queremos nos aprofundar no valor de praticar com regularidade essas demonstrações de carinho, que vão mais além de um simples contato entre nossos corpos, de colocar um coração frente a outro coração. É oferecer reciprocidade e envolver a alma.

Você é daqueles que abraçam diariamente as pessoas que você ama? Vamos refletir um pouco sobre isso.

Os abraços que reparam e aliviam medos

Vamos começar falando dos abraços que têm a capacidade de resolver problemas quase sem a necessidade de palavras. Certamente você já passou por alguma experiência na qual, depois de uma discussão com os filhos ou o parceiro, não sabia o que fazer.

Frequentemente surgem diferenças com os outros, nas quais as palavras se transformam em tensão. Chega-se a um ponto em que a mente já não consegue mais pensar. Entretanto, ficam as sensações, a emoção de que amamos essa pessoa e que “dói” não chegar a uma solução.

Algo tão simples quanto dar um abraço acaba imediatamente com toda a tensão, toda a sensação de estresse e desespero. De repente, tudo se encaixa: nossos corpos, nossas emoções e nossos afetos.

Outro dado a levar em conta é que nas relações de casal é muito comum passar por épocas de dúvidas, medos e preocupações.

Momentos em que precisamos de verdade de um abraço

  • Há momentos em que a relação do casal cai na rotina. Todos os dias são iguais e, de alguma forma, perdemos a magia que existia anteriormente. E este é o momento em que surgem as dúvidas.
  • Os medos aparecem, nos perguntamos se nossos parceiros continuam nos amando, se continuam nos desejando e se a relação seguirá mantendo a força de sempre.
  • É aí que surge a necessidade de demonstrar autenticidade. Há dias em que não basta um “Claro que tudo vai ficar bem”, “Claro que continuo te amando”. Não queremos palavras, precisamos de ações. E nada melhor do que um longo e silencioso abraço.

Considere também que há abraços e abraços. Quando são oferecidos, devemos perceber que são autênticos, reais e carregam sentimentos. É aí que os medos se evaporam, quando o universo inteiro se organiza e tudo adquire uma grande transcendência.

O que nos une com o que mais amamos é um abraço

O melhor abraço é aquele que recebemos quando precisamos. Quando encontramos a expressão que define quem faz parte da nossa vida e do nosso coração.

  • Com frequência, costumam ser feitos experimentos nas ruas em que uma pessoa anônima “presenteia abraços”. É algo positivo que oferece proximidade. No entanto, os abraços autênticos, os abraços mais terapêuticos, são os que vêm das pessoas que amamos.
  • Se um abraço nos une ao mundo, é porque vem de alguém que é muito significativo para nós. Pense, por exemplo, o que seria das crianças se não tivessem o contato físico constante, os carinhos, os abraços de bom dia e de boa noite.
  • Um abraço é a forma como reconhecemos a pessoa, a criança ou o idoso para dar raízes a eles. Você é parte de mim e eu o reconheço como tal, o amo, e o envolvo em meus abraços porque você é parte da minha alma.
  • Nada pode oferecer tanto alívio quanto um abraço que chega em seu momento e que é oferecido com sinceridade. O coração se acende, a autoestima se fortalece, e experimentamos uma sensação prazerosa.

Abrace! Não espere sempre do outro

Em algumas ocasiões, as pessoas se queixam de que as crianças ou os parceiros são um pouco “secos”. Ou seja, parecem não precisar das nossas demonstrações de afeto e inclusive as recusam.

Isso faz parte de sua personalidade. No entanto, o fato de não oferecerem não significa que não precisem ou não apreciem os abraços. Há perfis de pessoas para quem esse tipo de expressividade emocional não é fácil. Por isso, não se atrevem ou não se sentem animados a fazê-lo.

  • As crianças, quando crescem, passam a relacionar os abraços a demonstrações que lembram seus dias de infância, já que agora lutam pela sua independência.
  • Não se preocupe, não se irrite com elas e nem pense que elas não te amam mais. Acredite ou não, um abraço repentino, furtivo e intenso sempre irá arrancar um sorriso delas.

Todos precisamos de um abraço diário ou de um abraço esporádico para reforçar vínculos. Enfim, para recordar um “Estou aqui, com você, e nunca deixarei de te amar, você é a melhor parte da minha vida”.


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